HáDevir

There's a Light that never Goes out'

abril 25, 2007

 

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Hádevir é um projecto em falência, encerrado provavelmente definitivamente depois de 500 posts. No fundo só queria fazer chegar uma mensagem mas cheguei a muitos outros pontos não necessariamente o inicialmente definido. É assim a comunicação imprecisa se o medium é incerto e o interlocutor inseguro. E se o receptor não quer escutá-la então nada a fazer. Uma coisa parece certa: essa pessoa não virá, mas o meu devir levo-o comigo.

Portas se fecham, portas se abrem. Deixo-vos assim o último post nesta janela. Outros projectos fervilham outras janelas se abrirão. Em breve lançarei novo blog que divulgarei inicialmente apenas por pedido. Com novas razões novos formatos novos sonhos mais imagens e outros devires. Se estiverem interessados deixem recado em henrique.barroso@sapo.pt que depois contacto.

Sou como a banda sonora pelos TTT deste meu momento "Anormal. Para o bem, para o mal". Foi um prazer ter-me partilhado convosco e recebido as mensagens que recebi. O meu nome é Henrique. Obrigado por me terem seguido.

abril 08, 2007

 

Por LaPaz y La Definicion

A virtude é uma impaciência que demora a impor-se tal é a virtude da paciência... Não quero ser um virtuoso menos ainda um virtual. Quero ter a virtude comigo para que também a minha virtuosidade se revele. Inteira. Plena. Porque todos precisamos de definição na vida e eu não sou diferente de ninguém. E preciso-me inteiro para puxar o meu barco até à Margem. Barcos remados por um braço navegam em espiral para o fundo; barcos puxados por dois braços ganham a aposta perdem a costa.

Tenho andado arredado daqui por motivos técnicos e vou andar arredado daqui por uns tempos por afazeres pessoais. Até lá o post 500 fica suspenso e pode até ser o último deste blog... Mas se esta janela se fechar outras portas se abrirão.. Uma coisa é certa: continuo a contar com todos vós. Que outros dias hão-devir!

No Las Tengo Ahora (LaPaz y la Definicion), Ma Yo Me Tengo (Con Dos Piez y un Grande Corazón) y Si a Mi y a Ti Tengo Yo Vallo por Diez.

 

Parabéns, P!PA.

Ana Filipa que é assim que o seu nome se escreve,
Ana para os que gostam dela,
Filipa para os que não gostam menos.
Normalmente chamo-lhe Filipa,
Ana quando vou sem rodeio,
ou Pipinha só para chatear,
Mas ela para mim é a Pipa,
uma mulher inteira
e uma menina feliz.

Uma menina-mulher
que escreve com acento e sem giz;
é que são palavras que marcam aquelas que diz!
Uma menina-mulher
que canta enquanto dança e que encanta a dançar;
é que leva música consigo e escreve música enquanto dança.
Uma menina-mulher
que usa verniz e que odeia aniz,
que ela gosta de si e sabe bem do que não gosta.
Uma menina-mulher
que sorri e alto diz: sou e tenho um Mundo inteiro a descobrir!

Parabéns Ana Filipa: depois dos 20 o sonho é a vida. Por isso vive-a sempre a sonhar.

 

Johny's Dog

'João e o Cão'

Setúbal, Filme de Combate. Paixão, Loucura e Confronto em quatro rounds de tempo extra. Em tempo de balanço deixo palavras doces beijos intensos abraços fortes.

FILIPA: Encontrar sentimento na vida dá trabalho mas o amor partilhado é o melhor caminho a seguir. Que O encontres e O guardes para sempre. Encontrar sentimento no trabalho será sempre um bom caminho a seguir. Que o encontres e assim sejas realizada.

CHANDRA: As *estrelas são feitas de pó, mas não é o pó que faz as estrelas*: é a luz que irradiam.

MARIA EMÍLIA CORREIA: Os vestidos não dançam sozinhos, precisam das almas que os habitam. Mas almas destas nunca hão-de dançar sozinhas mesmo com vestidos feios.

JOÃO SABOGA: O dia serve-nos estrelas ao deitar mas conhecê-las em vida torna-nos seguros do rumo a tomar.

ANDREIA: A rotina faz-se de energias a que temos de ser atentos. O talento não acontece a toda a gente mas os azares sim.

FLÁVIA: !(: + :)! you deserve!

ANNE : **) Wish you always watch the stars so your eyes could be stars one day too.
|+--| http://www.meupostal.blogspot.com/ | o |

MIGUEL: Existe em ti um farol que transmite tranquilidade a toda a volta. Mesmo num mar de frequências revoltas.

INÊS: Nem todos os barcos sobrevivem ao mar agitado mas na estabilidade do mar tranquilo nem todos os barcos navegam a vela cheia. Sente que barco é o teu e sê feliz.

ALICE: O país da fantasia precisa sempre de uma Alice que saiba falar tolice e que goste de trabalhar até por carolice deste lado do espelho.

ANDRÉ: Havemos de nos cruzar no rumo ao sonho. Até lá chegar servir bem, até ao dia em que o serviço é nosso.

EDWARD: O Teatro abriu a porta da nossa amizade. Que o Cinema a leve à eternidade. Conto para sempre contigo.

RUSKY: 8! Que a ração seja sempre do agrado e que nunca faltem dias de fiambre". .

ANDRÉ#1: Aprendi muito contigo apesar de pouco me ter dedicado. Para ti a minha última palavra, que a última será aqui sempre tua: de Amador(a) a Estrela só te falta dar um passo. Que nunca te falte a inspiração e pipocas a acompanhá-la.

|(\-F1Lipª!+/)| !Chandra*****! MEC J*Saboga And®eia #Flävi@# ÄnnË ") M1G ") §&$.Inês.$&§ 4L!CE andRED -=|EdWard|=- 8!RuskY8! AND#1: Parabéns a todos os que se estrearam em funções e sentiram novas emoções: o take 2 não há-de demorar. Parabéns a todos os outros que se confirmaram nas funções. E obrigado pelo carinho e experiência, pelos momentos felizes e pelo que se guardou. E a todos muita merda para o futuro. Parabéns também a mim que tou a aprender a ser, aprender a ser um Homem. Hoje amo amanhã Senhor! Ou não. Que importa. Erro aprendizagem. Preparação Segurança. Vida Existência. Amor resistência. Amor insistência. Para sempre @more.

Foi uma experiência dura com final dramático. Mas até ao aplauso final há rodagem. Depois há um filme. E tudo isto é cinema.

 

De 8 Abril à (R!)EVOLUÇÃO de ABRIL

Cristo renasceu num dia assim. Eu apenas me decidi. E não há volta a dar!

março 21, 2007

 

Pólens e Poesia

União de Gestos Simples e Mundos Imensos ali para o lado do frágil mundo do Frágil. Houve Harmonia e Fantasia, Elegância e Beleza, Calor e Dor, Primavera e Poesia. Acordeões e Afirmações gestos Simples com efeitos Intensos.

Houve um Porteiro Habilidoso, um Gesto Inútil, no (in)evitável momento gay e Gente Fútil, que raiosparta mais a sua indelicadeza da gente que se acha delicada. Mas o saldo tende para a magia espelhada no rosto do meu irmão.

Que todos os dias se inventem motivos para todos os dias serem dias de Poesia de Primavera no ar. Sempre a repetir a experiência de experiências irrepetíveis.

 

Penetramor

Quem busca interna satisfação, encontra eterna insatisfação.

 

Segredamor

Os meus segredos são lugares públicos onde guardo revelações misteriosas para públicos selectos.

março 20, 2007

 

Raça de Táxi

O que antes era CDS e o partido do táxi, agora é PP e um partido de taxistas, com linguagem adequada à profissão e camisa aberta a condizer.

 

Sentido Oculto

As palavras ocultas inscrevem um sentido no coro de dois destinos.

 

Beijas-me?

Um beijo só é beijo enquanto é desejado. Tudo o resto são carícias ou delícias com malícia.

 

É esse o meu jeito

Entende-me (caramba!) esqueço-me
e por isso me escrevo
que preciso de me ler para saber quem sou.
Não é que eu seja as palavras que publico
tão pouco as mesmas que te suplico
ou sequer as que me sonego
porque quem se nega a uma confirmação
ficará sempre como uma afirmação incompleta
e eu quero e sou uma frase toda por começar
um poema todo por reescrever,
que tu em mim despertaste
uma primavera inteira por alcançar
mas és também uma letra a acrescentar
ao sentido que me vem seguindo
tu que a mim tudo e nada negaste.
Passaste por mim e levantaste um vulcão
fervendo alegria fantasia amor e traição
na sequência de mundos que enuncio
e acabámos com palavras ao contrário
que tudo dito nada disseram.
Foste um dia e acabaste num só
comigo sem dó e com toda a magia
em ti ecoaram palavras antigas
que em mim desagoaram tempos passados.
E por isso te fiz sentir
que não sou um contrato para escrever
nem um retrato para romper.
Meu casulo é meu leito,
o meu problema foi
e talvez seja esse com que me deito
que ainda é tão dessarumado o meu peito.

 

Perene

Se eu fosse tão perene como o que escrevo seria tão afirmativo como me defino. Talvez seja por isso que tombam as folhas do meu telhado.

março 19, 2007

 

Gosto de vocês com fartura

Hoje não saudei o meu pai no dia que era dele.
Também não disse parabéns a você Mima, minha mãe a dias.
Nem ontem postei nos anos da Bia e da Mini.

Eu por mim hoje pegava neles todos e ia até ao parque que isto não há mal que não passe com farturas, sem rissóis e uma bola a rolar no parque.

março 13, 2007

 

Marcas na Areia

Pegadas são passado. Destino é futuro.

março 12, 2007

 

Gostaria de:

Gostava que sonhar fosse permitido. Aqui e mais além.
Gostava de receber educação de requinte com o dinheiro de um pedinte.
Gostava de ajudar gente de qualquer continente.
Gostava de aproveitar mais e desperdiçar menos.
Gostava de ser mais eficiente e menos deprimente.
Gostava de gostar dos gostos dos meus temperos.
Gostava de nos ouvir desafinar e também acertar.
Gostava de rimar melhor e de conhecer novos autores.
Gostava de conhecer gente de palmo e meio de testa e gente de palmo e meio em festa.
Gostava de tomar um copo ou de não tomar se não me apetecesse.
Gostava de dançar ao ritmo de som que presta.
Gostava de nos ver projectados num balcão e de sair projectado de um balcão.
Gostava de festejar e de chorar pelo fim da festa. E de preparar a seguinte.
Gostava de avançar todos os dias, de voar para trás e de saltar de novo um dia.
Gostava de partilhar ferramentas e uma rede de conhecimento.
Gostava de ganhar dinheiro justo e juntamente.
Gostava de .. e também de ... E de deixar um legado para o futuro que honrasse o passado.
Gostava de inventar de novo Eureka.
Gostava de vos descobrir e de nos dar a conhecer.
Gostava de de me perder menos e de vos encontrar mais.
Gostava de nos ver realizados e felizes também.
Gostava de despertar e partilhar amor. Todo o tipo de amor. E de amar com gosto.
E gostava que isto fosse para a frente!

Gostar gostava. E tu gostavas?

 

Um puto duro

Olhou-me a alma, não sentiu medo e vi-me num apuro.

 

Um puto puro


Ele viu-me a alma, desenhou-me sem calma e vi-me vampiro.

 

Almas ao desafio

No destino
deitam-se dois corpos
ora com, ora sem
abraçam-se e beijam-se,
e de costas atraiçoam-se.
São amantes,
sem amor para dar
todo ele por viver.

 

Destino ao Desafio

Ela
metade gente,
o resto alma imensa
de viajante sem destino
livre e só.
Educada,
como quem pede
licença por desejar,
ela beijou-me
sem que antes suspendesse
o passo seguinte,
olhou-me dominante
mordeu-me ofegante
percorreu-me
nas suas mansas danças de leoa
com garras de pessoa
e sem educação nenhuma
desejou-me e perguntou-me
pelo tempo todo do meu desejo...
e no instante seguinte deixou-me
qual presa estimada
na pressa
de seguir destino
no encontro marcado.
Calcado moldado
pisado por esse pé
de viajante clandestina
eu que nada pedi,
apenas desejei,
ali fiquei...
de sorriso prostrado
à espera da felicidade seguinte.

(adaptação livre de um momento partilhado)

março 09, 2007

 

Floribelas a pisar flores belas

Produzir um filme sem meios é uma questão de cheta. É olhar à volta, só ver treta e desejar mais com muito menos.

Produzir um filme sem meios é por vezes uma necessidade. Por vezes a única maneira de ter um filho é criá-lo sem meios. Mas não será necessariamente pior ou menos amado por isso. Apenas diferente.

Produzir um filme sem meios é uma questão de inocência. A maturidade não se permite a tais investimentos, mas também não experimenta as loucuras da juventude.

Produzir um filme sem meios é uma questão de sentimento. Às vezes mais que uma questão de talento, é a forma como o sentimento supera a adversidade impondo uma resposta criativa no momento. É uma questão de visão, olhando de baixo mas vendo a resposta que mais ninguém encontrou.

Produzir um filme sem meios é uma questão de cultura. Muitas vezes a aplicação de esforços canaliza-se para a resolução de questões práticas do filme, não se projectando esse esforço nas questões artísticas do mesmo. Um excelente filme seria o making of de um filme sem meios.

Produzir um filme sem meios é uma odisseia que premeia os mais persistentes. Os persistentes são aqueles que não desistem até à obtenção da resposta desejada enfrentando seja o que for. Os resistentes limitam-se a sobreviver, mantendo-se à tona da água.

Produzir um filme sem meios não é uma questão de cinema mas um exemplo que pode ser projectado a outros mundos, que o poderiam apoiar nem que fosse vendo-o.

Produzir um filme sem meios é uma questão de loucura. Porque a sanidade nada tem a ver com a produção artística. Só um masoquista troca meses de trabalho por minutos de prazer.

Produzir um filme sem meios é uma escola e para muitos a única que existe. As mais belas flores nem sempre são as com melhor adubo que as flores alimentadas com paixão cheiram sempre melhor.

março 07, 2007

 

PPortas


Recauchutado como convém, com um discurso menos populista agora mais artista: PP, Paulinho das Feiras ou Dr. Paulo, este Portas não é um político, é um comercial do voto, um conaisseur de ciência espontânea. Um dia destes ainda há-de comentar futebol. Será que um 'special one' deste calibre, vintage da erudição e dos valores morais não devia ser exportado? Portugal é pequeno demais para gente com ego deste tamanho. E será que ninguém lhe fecha a porta de vez? E será que não se podia deportá-lo, sei lá, pró Iraque? Raios partam o homem que vem de volta...

março 04, 2007

 

M'lissa

pode não ir à missa
pode não ser roliça
pode ter muita preguiça
mas a gente gosta dela assim ;)

Parabéns ó gaja do gajo!

 

manifestos, manifestações de vontade e notas de intenção

Elas hão-devir e quando chegarem será tempo de parir.

 

'Reunifesta'

O eclipse deu o mote e os anos da Melissa deram o ambiente.

Era para ser ontem mas acabou por ser hoje. Não se abriram novas portas mas estamos de portas abertas para o futuro. Que ele nos seja leal.

março 03, 2007

 

Dias inteiros nisto

O céu inteiro escrito a limpo,
O teu colo inteiro para mim pronto,
O teu sorriso escrito a tinta,
Um relvado inteiro passado a limpo,
Um fato inteiro coberto a pronto,
Um livro inteiro coberto a tinta,
E o dia inteiro passado nisto!

 

Choro Feliz

Estava eu a preparar-me para dormir e ouvindo Cesariny "Queria de ti um país de ondas e de bruma, queria de ti o mar duma rosa de espuma" quando li isto: um homem da Indonésia que perdera a mulher e três filhas no tsunami, casou-se e agora foi pai de trigémeas!!! Milagre?

Hoje deito-me com lágrimas na alma...

 

Artic:

Keep it Cool!

 

Associação Sócio-Cultural Juvenil

Para superar a estagnação e esta confusão toda proponho a criação de uma fusão nesta nação, tornando real a utopia até de sonhos por revelar. Hoje uma colina, amanhã uma colónia!

março 02, 2007

 

Imagens Mentais

Um cinema interior não é necessariamente um cinema inferior. Apenas tem menos espectadores..

fevereiro 28, 2007

 

Questão:

Será que o peixe que respira na água chora bolhas de ar?

 

menino Ivo

vivo e também contemplativo
exclusivo e também explosivo
positivo e também negativo,
esse menino e também nós.

fevereiro 27, 2007

 

Hoje a minha mãe faz anos..

Parabéns mami! A juventude desta senhora sobra-lhe na idade que tem. Recomenda-se o exemplo. Só não se aconselha o esparguete com arroz, especialidade da casa... mas isso é só para clientes habituais :)

fevereiro 25, 2007

 

lama na alma


A primeira saída da cabra vermelha, lá para os lados de Sintra, não foi um passeio domingueiro mas um banho de alma com lama até aos joelhos. O mais tardar um dia destes hádevir mais.

 

O'QueStrada esta..

Fiz bis num concerto desta malta que vem da "margem virada pró rabo do Cristo-Rei". O'queStrada é uma grande festa cantada ao desafio com passinhos de improviso entre notas iluminadas a candeeiros e raspadelas de piassá, flores no cabelo a dançar à desgarrada, chapinhadelas visuais não de beldade mas de beleza: é circo, fado e capoeira sob uma só bandeira musical que funde todas as nações e noções de divisões possíveis, que a música desta gente é um baralho sonoro. O mínimo a dizer é que gostei muito. Mas o mínimo é sempre tão pouco..

fevereiro 21, 2007

 

E eis que chegou mesmo!



Depois de comprovada a inaptidão para a engenharia dos materias Domingo o baptismo na lama. Nunca banais os dias com pedais.

 

Sonho, escola de virtudes

Domingo foi dia de encontro e de partilha de sonhos e ideias num projecto que vê o despertar mais próximo. Com adesão, vontades, propostas e hipóteses a associação pode em breve passar de um velho projecto a uma entidade com nova identidade e projectos em sede própria. Projectos sociais e culturais que ajudem a uma evolução permanente, pessoal e social, intervindo localmente mas pensando de forma global. E é esse o espírito que nos move: hoje um passo, amanhã o seguinte.

fevereiro 19, 2007

 

'querido' Querido Carlos Alberto..



Come e Cala:

"This is to inform you that your movie 'QUEREDOS CARLOS ALBERTO' submited for Mise-en-Scene (International Students' Film Festival) has won the (joint) FIRST prize in the 'Long Film(Fiction) Category.Your certificate will be sent to you shortly.
Regards Ms.Amit Kaur Student Coordinator Indraprastha College for Women Delhi University"
---
"We are glad to announce you that your film "Querido Carlos Alberto" was retained for the official selection of the 17th edition of the international student short-film festival of Cergy-Pontoise. Your film will be diffused on Saturday March 31 st 2007 at the cinema Royal Utopia of Pontoise (95) and will be in competition to receive one of the 4 prices given by the jury and the public of the festival."

From Bollywood to Hollywood: à bientot Paris! A foto é da Rosa, a 'estrelinha' do filme.

fevereiro 18, 2007

 

Saúde-se

Curar um orgão doente é a função de todo o organismo.

fevereiro 17, 2007

 

Rascunho

invento de artista sem tempo.

 

Até que a distância nos apague

Momento Tormento
Beijo de Vento
Sopro de Amor
Depois do Calor.
Horizonte Distante
Eterno Instante
No Fim da Visão
O Fim da Paixão.

fevereiro 16, 2007

 

(Falta de) Sentido Atrevido

Rodeado pela tua malta
Beijo-te devagar com o olhar
E imagino-te no altar
Mas falta-me atrevimento
Para maior investimento.
Por vontade minha
A ti bela ondinha
Trincava-te o pescoço
Bem fundo até ao osso
Mas para tal cometimento
Escapa-me o momento
Porém oportunidade não me falta.

 

LiLi

Trinta com muita pinta da amigona gostosona ;)

fevereiro 15, 2007

 

Domingo 18 às 17:00 : Esperamos por ti!

Anda tudo com vontade mas ninguém dá o primeiro passo.. Queremos dinamizar
espaços e propostas com ideias iniciativas sociais e culturais e para isso
pensamos formar uma associação/cooperativa. Não prometemos nada mas queremos
fazer tudo! Queremos gente diferente, à frente e carente, especial e
espacial, marcianos e moçambicanos, gajas giras e de saias às tiras, pessoal
freak e malta geek, meninos bem e meninos sem, com ideias ou à procura
delas.

Domingo pelas 17:00 na Rua dos Remédios, n.º 179 - 4.º Dto em Alfama.

Fica perto da Feira da Ladra - continuando a rua do hospital militar ou
descendo do Panteão - e de Santa Apolónia - subir uma das travessas junto ao museu militar.
Autocarros mais próximos 34 e 12 e muitos outros em Santa Apolónia. Mapa em
http://www.viamichelin.fr/viamichelin/int/dyn/controller/Cartes-plans?mapId=-t0
2lje7v75iqkd&dx=290&dy=290.5&empriseW=718&empriseH=457

Traz bebidas e paparoca para ajudar ao catering.

Forwarda ou faz uma versão tua de convite junta-lhe os teus endereços e
passa ao próximo e já agora ao mesmo confirmando se apareces!

fevereiro 14, 2007

 

Habemus bike: Cardeal 'rote Ziege' a eleita!


Depois de difíceis negociações e seguindo uma tradição de marca (familiar) e de cor (pessoal), da Alemanha fumo preto: a 'Cabra vermelha' vem a caminho!

 

dias a metro

metro a metro o metro avança metros. dia a dia o dia adia o dia.

 

Very Valentino.. or Not

Hoje o Valentim ficou por casa (suspiros). Sinto-te muito.. e cada vez mais distante...

 

undereconstruction.blogspot.com

Estou a lançar um novo blog, de autoria pessoal mas tb com produção alheia. Uma visão menos poética mais virada ao cinema. Passem lá e se não estiver deixem recado.

fevereiro 13, 2007

 

Artista Acamado

Um artista precisa de uma vida de artista que o prove e a verdade é que acabei de acordar às 17:00.. pensando que eram 11:00. Mas vendo bem dormi 8 horas que isto tb há que se faça.

 

BRoTher BuYoTher

és o irmão que me resta
e se há conselho que presta
neste momento duro
é que busques amor puro
em bosques de ar puro
e aches carbono duro!
é que esta juventude atesta
ou não tem um palmo de testa...

 

Referendo ao Referendo

Sim é verdade! A vitória é do sim à transparência que as mulheres e homens e famílias demoraram a conceber mas que viu por fim a luz do dia. Sim à Educação Sexual e Planeamento Familiar. Sim à defesa da saúde e dos direitos da mulher. E já agora Sim ao referendo? Concorda com a legalização do referendo se praticado por uma minoria da população? Esse parece-me que devia ser referendado ou abortado de vez...

 

Ditado de Frases Feitas

"Quem tem boca vai a Roma" comer "a galinha que Grão a Grão enche o papo".

 

Poema de palavras soltas a partir de um poema à toa

"aqui te faço os relatos simples
dessas embarcações perdidas no eco do tempo
cujos nomes e proveito de mercadorias
ainda hoje transitam de solidão em solidão"

Salsugem 1982
Al Berto, O Medo, Assírio e Alvim


simples proveito
faço te aqui os relatos de hoje
e ainda dessas mercadorias
embarcações perdidas
cujos nomes transitam de solidão em solidão
no eco do tempo

Patanisca de um Poema Reinventado, 2007
h.BB, Poemanstein, hadevir.blogspot.com

 

Poema duma Palavra Solta

LiVERDADE!

 

Sensualidade

Vestir Sentimento justo ao corpo.

 

Linha Distintiva

Ler é tão importante como escrever porque se importa deixar um traço na vida convém não abusar da linha dos outros.

 

E a minha btt que nunca mais...

Preciso destilar energias acumuladas em pilhas de reservas e depois chegar a casa e espremer a gordura dos tecidos.

fevereiro 12, 2007

 

life's a wave

Esta foi uma daquelas semanas... Se mais houvesse para correr mal, pior correria. Portanto a previsão só pode ser de melhoria que depois de um tremor de terra vem sempre uma grande onda. E o bom das ondas é que atrás hádevir sempre outra. Há que estar atento e disponível.

fevereiro 10, 2007

 

Feti2che

Acreditava na medicina alternativa; agora prefiro a de alterne.

 

Sim, Senhora!

Está aí o referendo. Dá expressão à tua voz: vota!

 

Ciências Femininas

Há coisas que todos os ramos da ciência se unem para mudar mas vendo bem bastaria um toque feminino.
Outras há que nem todas as mulheres do mundo com toda a sua ciência conseguirão sequer vislumbrar.

 

Encosta Cavada

Para que conste contaram-me que esta enconsta inconstante foi escavada e carregada às costas por cotas de corcundas cavadas.

 

Fet1sche

Gosto de batas mas prefiro betas que calçam botas.

fevereiro 06, 2007

 

Medo do Medo

Receber lições da vida
Dizer sensatez sem alegria
Dar razões ao desespero.
Receio não ser mais o que quero
com rugas e falhas de cabelo
velho e não sei se ainda belo
vejo-me com receio renovado
mirando destino aguardado
com medo do medo
medo ao quadrado
eu um gajo desesperado
vendo-me com destino cedo.
Que dizes então que faça?
Aproveita sem dar cobro
Recebe amor no dobro
Grita disparates em demasia
Partilha paixões na vida.

fevereiro 05, 2007

 

Estrangeiro em terra orfã II

Ser estrangeiro
é estar do país ausente
ou ter um olhar diferente?
Na praça da minha terra
há pessoas de toda a raça,
no entanto há gente
que se sente contente
por se achar diferente.

 

Estrangeiro em terra orfã I

Em terra alheia um gajo com ar deslumbrado recebe um ordenado. Parece-lhe muito mas essa é a miséria humana com que trocou a sua dama e metade da sua mão.

Estica-lhe o cheque um patrão armado em barão que sem ciência nem consciência dorme tranquilo na cama. Diz-se irmão mas é no fundo um cabrão importado em importar mão barata para a obra ingrata e é ainda insolente ao ponto de se rir na cara da gente empoleirada no andaime a quem insulta.

No outro dia bastou-me e cheguei-me à sua distância e disse-lhe 'Irmão, sente antes de dispensares esses ares de gente avessa e olhar devasso pousa a consciência na decência desta gente sem poiso e percebe que a tua ganância é apenas a ignorância que desconhece que é de gente a mão que por ti trabalha.'

Ele olhou-me com desconfiança, riu-se e desapareceu na distância.

 

Tou saudoso...

De perder-me nos teus trilhos e de me por em trabalhos,
De te percorrer com as cochas e decorar-te com conchas,
De ter apenas saudades de atravessar herdades,
De subir encostas e de te soprar nas costas,
De transpirar amor e de não ter dor,
De ser um e de nunca estar só,

montando-te..



(nada de confusões que eu cá não sou gajo de chupar pela palhinha de outro..!)

 

Maldigo bandidos apludindo mendigos

Feliz sonhador o trovador da paixão amada.. Infeliz amador o ladrão da coisa alheia...

 

De Passagem

Como quem se remete
a seguir o que consigo se mete,
estou de passagem
pelo tempo que atravesso.

Na desmotivação que atravesso
Faço disparates à vez:
Tomo cafés, tropeço nos pés
Torço pêlos, arranco cabelos
Troco os ses pelos nes
Estou aquilo que vês.

No rumo ao sucesso
Faço paragem:
como e durmo
o mais que posso
e nem sei porque o faço
mas faço o que posso
para que não esse seja este o meu rumo,
que estou de passagem
pelo tempo que atravesso.

 

Para quando a matança?

Tou um porco que se pesa na esperança que o peso que lhe sobra se dissolva na motivação que lhe resta.

janeiro 27, 2007

 

Guerra Orfã

Sinto-me estrangeiro em terra orfã: os hábitos desta terra vestem homens em guerra.

janeiro 26, 2007

 

Alla é Grande!

Parabéns senhora agente.

 

ABeRTO

A gente da minha terra
passa a mão na consciência
e responde de sua ciência
que deve uma mulher
com barriga de infelicidade cheia fazer:
um nascimento obrigado
ou um aborto abrigado?
A consciência de uma interrupção
é sempre uma violência
que nem 'assim sim'
nem 'assim não' questionam.
É uma existência penada,
uma inconveniência penosa.
Se de um lado
argumentos válidos
como a questão das onze semanas
chocam com a moralidade
na cobertura das bananas,
do outro os procedimentos
são mais liberais
e na inexistência do pecado criador,
do homem violador
e do acto destruidor,
defende-se a mulher
mas não menos a vida.
Decida-se bem ou mal
devemos buscar o esclarecimento.
No fim?
Amar ou Amar, Há que ir e Votar!

janeiro 25, 2007

 

A eternidade tem mais um dia

Num 25 de Janeiro nasceu 'a' minha avó. Dona Paula Andrade ao que consta senhora de si e dos seus. E lembro-me que ela era do mais belo que conheci na terna idade. Porque a sua idade era bonita e ela também. Era activa e fazia o bem. O bem que podia. Um dia ela passou a ser eternidade mas não deixou de ser a minha avó. E apercebi-me do eterno que é tudo o que somos em vida.
...
Lembro-me de um dia me ter cruzado há uns anos com o Féher no aeroporto e ter pensado para mim aquele gajo tem tudo (tremenda mulher, bom ordenado, belo visual, bom gosto, jeito para a bola e está a jogar no 'maior'). E lembrei-me disso uns anos depois quando num 25 pensei como é efémero tudo aquilo que é a vida.
...
Hoje tá ali um senhor na tv que se chama Eusébio, símbolo da eternidade efémera, que faz anos. Vive ele a eternidade e mais um dia. Sortudo..

janeiro 24, 2007

 

HOje suis29

Hoje senti-me sonhador em terra de sonho. Obrigado a tod@s!

janeiro 20, 2007

 

Partiste...

Amargura...
uma lágrima resiste
o lenço em riste
uma lágrima triste...
Partiste...

Mas volta, ouviste?!

 

Mar à deriva

Um barco flutua
navega à deriva
derivado de guerras várias,
um barco vazio
cheio de sombras vazias.
Falam que 'não é perigoso'
e 'não será poluente',
mas claro, para o continente
que tudo o resto não é gente...
Dizem que não é petroleiro
mas mesmo que não seja guerreiro
leva a guerra dentro.
Que navio é esse
ó gente insolente
cheio de carga perigosa
à espera que chegue nova missiva
para ser afundado
com o perigo guardado
da superfície
mas não do mundo profundo?
Não será vivo o peixe
que nada no que chamas nada?
e o coral e a enseada
e o mar absoluto?
Para ti existe apenas
a pescada nascida pescada
e a sardinha com derivados enlatada?
Que mundo é este em que navegamos
do mar à deriva
derivado de mundos poluentes
cheio dos detergentes de suas gentes
à espera de novos dirigentes.
Por menos que seja
coloca na tua agenda
ou chama-lhe ementa
que o peixe de amanhã
é peixe do ontem que é hoje.
Lembra-te ó insolente
que este mundo é
o que dele deriva.

janeiro 16, 2007

 

Escrito Dito

O meu método de escrita sendo livre tende para ser um só: é palavra largada na desordem que ganha sentido e logo ordem se a vontade é precisa e o verso fica conciso. Começo por juntar palavras, ou vontades ou impressões impressas ou dispersas e sigo-lhes o rasto. Às que se movem dou-lhes logo liberdade de publicação. Às outras junto-lhes realidade e uma pitada de ficção e grito-lhes Acção! A maior parte das vezes é normal que não aconteça nada. Mas um brilhozinho de inspiração e de vontade devolvem-me à acção, moldo-lhes as asas soprando-lhes ambição. Tem dias que resulta, outros que não. Se insistem em escapar deixo que partam mas fico-lhes com a alma e arrisco um rabisco. Se falho coço a cabeça tento de novo caço-as e rabisco nem que seja outro verso turvo. Tem umas que insistem e que levantam voo mas já sei e espero que aterrem, descansem um pouco, sosseguem um pouco e ZáS! fecho-as no livro..

Até que alguém as sopre de novo as liberte de novo. E lhes siga o caminho.

 

eu de mim mesmo

Deitar-me a meu lado
mirando-me ao espelho
eu de mim mesmo
sou retrato de uma paisagem
que desconheço.
Palco de uma representação
que não observo
mas de que sou servo
gordo e magro e belo e velho
e de novo novo
sou todas as contradições
de acordo com as estações.
Pareço a todos um só
amigo e companheiro
mas de mim não tenho dó
sou exigente,
porém inconveniente
pela demasia
mas também por ficar aquém
em momentos e acontecimentos chave
onde a chave a mim mesmo
me recuso a revelar.
Fosse o destino deste lado da porta..

janeiro 11, 2007

 

Anos de Diferença

Hoje duas coisas me fizeram pensar no que tornei a adiar: os 22 anos do Gil (o meu 'irmão' mais novo que gosta de castanhas quentes) e uma visita glamorosa do passado. O primeiro que se deliciou com um chocolate da floribela, voltou-me a lembrar que sou bem mais velho que os meus companheiros actuais. A segunda a Andreia uma flor verdadeiramente bela que me deliciou as vistas e que me fez pensar no que seria a vida com outras voltas no percurso. Hoje faz também anos que a Ela disse não (que à Andreia nunca cheguei a dizer que sim nem que nada) e não contente com isso recordo-o hoje a coxear. Nesse dia de um pé. Hoje nas palavras e nas acções.

E eu aqui a adiar a minha vida..

janeiro 08, 2007

 

Lusia

Deixo-te sorrindo ou não
dá saudades minhas ao teu irmão
e festinhas no animal.
despeço-me
que a partida já eu fiz
e agora voltar
é o meu caminho.
no fundo o que me resta
é tempo que me sobra.

 

anjo tombado

chorando
os teus olhos
de anjo tombado
levam-me a crer que o amor desiste
mas também ele resiste
ouviste!?

 

dados tombados

na loucura da fantasia
lutando de braços cruzados
soldados da poesia
apostam amores aos dados..

 

Trôpegas Tentativas

Às vezes até a mim que sou coxo custa mais dar um passo que ganhar uma corrida. Xiça..

 

osmose, overdose de prazer

repousando
abraçado a esse corpo entorpecido
somos dois e um só
amantes em corpos impuros
gigantes em momentos inglórios.
converto-me
beijando a tua face
en tua doçura moldado
temperando a loucura
à tua temperatura abraçado.
juntos um momento...
um momento só.

 

Leitura da Confissão

As confissões revelam sempre mais do que um momento todo em cada momento só.
Por isso quando te confessares lembra-te de o fazer no plural a uma pessoa singular.

 

Sombras ou Cobras?

Que decidir se o caso é probido?
O medo é uma prisão
que me encerra no interior
mas arrisco-me
passando além do medo
abro-me portas
espreito o mundo
descubro um segredo:
a memória afectiva
de um caso vivido
é mais efectiva
porém mais destrutiva
que a memória querida
de um desejo desejado.

Quem se alimenta só de fantasias
petisca com requinte
nas sobras das sombras
de um universo
inteiro por experimentar.
Já quem se arrisca a arriscar
descobre a consequência
da experiência de atravessar
o limiar da penitência
acabando a pedir clemência
no limite da sobrevivência.

Hesito. Que a vida decida por mim.

 

Sombras do tempo

Quando o amor se esgota
e a paixão se inquieta
uma mão junta-se a outra
e um coração tropeça
na pressa de encontrar
a solução que não a salvação
para a questão que o apoquenta.
Mas o amor é um corredor
de fundo
que no fundo
inspira mais fundo
esgota-se mas não acaba
complica-se mas não desarma
aflige-se mas não definitivamente
porque no fundo
o seu fundo é duro
e puro é o futuro
que vê no passado
sombras de um caso gozado
cinzas de um tempo encerrado.

janeiro 04, 2007

 

telecomunicando.

pessoas discutem
e falam
apoiando a face na mão
suspirando
sussurando
gritando
em volta dos seus próprios passos
caminham olhando o chão
apagando beatas e marcas de carvão
e olham a ponta dos pés
onde apoiam o passo seguinte
como numa dança na areia
dessas sem plateia.
afirmam com a ponta dos dedos
pontos sonantes
e é ver a livre mão
que se aflige e agita
ou se livres as duas
é vê-las deambulando
em movimentos constantes
em silêncio
numa suspensão
e num novo gesticular
que fala às paredes
(que falam com as pessoas)
com silêncios espaçados
suspiros com graça
e sorrisos sem volta.
e depois é um adeus desgraçado
ou é o saldo que acaba
ou a bateria que se esgota...

Mi liga vai..

janeiro 03, 2007

 

PÉS

Tenho 6, antes de descer 7 quero por os 2 nos 4 cantos do planeta.

 

Legítima Diferença

todos os genes
de todos os povos
todos são facetas
de todos nós
mas todos os encontros
de todos os elementos
de todos os povos
provam que somos todos um só.

 

Chinita No More!

O dinheiro também ajuda, mas o melhor das rodagens fora da escola é mesmo não ter de fazer relatórios, é que disso não gosto. Quanto ao resto grandes memórias e maiores vitórias e quem passou pelo mesmo sabe do que falo. Apesar de não o parecer não tenho nada contra ninguém, porque até às vezes pessoas de quem melhor gosto menos me souberam dizer. E ingrato não quero ser..

dezembro 31, 2006

 

Desejo para a entrada em 2007:

Guarda para mim uma passa..!

 

2006: Este meu ano num post?

comecei um blog e acho que isso foi o mais visível que fiz. De resto trabalhei a minha invisibilidade em cantos de Lisboa e outdoors do país. No desporto nada a registar que não seja uma vitória no xadrez hoje ao meu irmão. E outra nas damas a não sei quem. Em relação a damas criei imensos contactos e conheci muita beleza de dama por aí mas a contabilidade anda miserável: em época de sementeira cuida-se da terra e sonha-se com a colheita que hádevir. O mesmo nas artes. O buraco está prestes a começar a bombar e o cinema a rodar. Estagiei fiz-me, bacharel. Afastei-me do passado ainda que não o tenha ainda resolvido e solidifiquei bases para o futuro. Acho que este ano o saldo é nulo, um ano de derradeira estabilização. Depois de anos a navegar na lama e outros a investir no futuro este foi o ano em que as contas se equilibram. Em que o estudante se despede da escola e vira artista e em que a empresa despede o analista e contrata o contabilista.

2007 é o ano da colheita. De proveitos e porventura aventura. Assim auguro. Assim desejo. Assim hádevir.

 

A sério que não era preciso..

Eu até já tinha decidido começar a dieta a 1 de janeiro. Eu até já tinha decidido consultar uma especialista da coisa. Eu até já tinha anunciado o começo da dieta. Mas hoje tive dois momentos reveladores que sinceramente... Primeiro saltar para uma balança e acusar uns módicos perto de 100 kilos e depois o elevador acusar excesso de peso e recusar-se a subir até eu sair.. pá a sério acho que já tinha apanhado a mensagem mas agora a viagem será sem retorno! Com partida a 1 de janeiro..

dezembro 30, 2006

 

KiLL bUSh!

Saddam foi assassinado não pelas balas dos que trucidou mas pela (in)Justiça da negra política que antes o apoiou. Hoje guardaram-lhe o lugar de animal sacrificado a uma causa maior que resultará na guerra entre irmãos. A inabilidade política de uma política inábil. Até na Somália se ouve agora falar em nova guerra civil. Denominadores comuns: petróleo e manipulação americana!

dezembro 26, 2006

 

Balanço Natalício


para quê querer cada vez mais se precisamos de cada vez menos?

 

Desistir?

O suicídio é opção
que não digiro
mas aceito
se bem haja sempre saída melhor.

Seja a bem da nação
por vazio de consciência
ou dor no coração
há Homens e Mulheres
e até animais bem melhor racionantes
que se elevam em finais antecipados.
Soltando num gesto gritos amordaçados
rasgam o cordão que os prende à vida
tornam-se alma descarnada
carne desalmada.
Desistir da vida é uma opção
mas digo-o por experiência vivida
que é seguramente uma dura saída.
A herança é pesada
e mesmo àqueles a quem a culpa pertença
que culpa têm eles?

Para quê ser assim radical
quando o depois é para todos seguro
e o agora ainda é possível
de melhorar
de transformar
de viver!
Se existe poesia num só momento
existirá também no seguinte
e em todos os outros.
Aceito que o caminho é teu
mas aceita que também é nosso.
Encara este desafio:
desafia-te a viver.

 

Existes?

Pergunto-me de noite
que faço de dia
que os meus olhos
não enxergam
visão sublime
a tua aragem
levantando poeira
soprando areia
correndo vinda do mar.
és corpo que não abraço
és praia que não alcanço
és verbo perdido
verso por deglutir
és visão desfeita
paixão rarefeita
és o que sempre foste
e também o que passei a crer
que querer era ter-te
mas a crença foi a herança
que toda esta mudança
no caminhar, na vida e na balança
acabaram por conseguir.
Eu existo,
por conseguinte insisto,
resisto,
acredito
e tenho dito!
E tu existes?

 

Desengate

Sou um gajo perro ainda mais quando a matéria mete engate, o que até é positivo já que evito disparates de que me arrependeria no despertar seguinte. Sempre fui menino de me engatar a relações seriamente instáveis e o passo que procuro é de uma emoção volátil de pés na terra, estabelecida no concreto de nuvens, ou como que cristalina diria deleuze. Ando a investir tempo à procura de uma relação que me faça ganhar tempo e por isso dispenso-me a fúteis perdas de tempo e tenho dado muita tampa, até a mim próprio, que as apostas melhor cotadas têm um timing próprio que recuso respeitar. É certo estou encalhado, pés na lama, frio na cama, mas curto a vida que curtir um engate não é o que ela tem de melhor. Gosto de sair à noite e também de dia. Gosto de me libertar, sentindo-me seguro. Gosto de mulheres, mas muito mais de ti..

dezembro 24, 2006

 

E vamos a 400!

Podiam ser melhor ilustrados ou mais inspirados mas são o que são. 400 honestos e sinceros postais de inéditas imagens ou vulgares conceitos que insisto em acrescentar à cadência incerta que a vontade me obriga e a inspiração me permite. Não é a 400 à hora porque gostamos de cumprir com o código. Nem 400 ao mês porque isso nem é ordenado mínimo. Muito menos 400 leitores que esses hão-de ser muito menos. Contigo talvez uns 4..

E mais hão deVir!

 

DE F4CTO

Hoje tá um frio do caraças mas tenho o coração quente..

 

(na Meia) Verdade Inteira

Natal? A verdade? A verdade é que existes e que o Natal sem ti é mentira.

 

Eu me mim sem ti sigo

Passei menos tempo a te olhar que dobrado sobre a tampa
da mesa da escola da sanita da Mesquita e do teu perfume,
que foi de tudo o que me soube melhor.
Menos tempo ainda que em casos com sabor a mulher
árvore sem fruto caso furtuito estilhaço gratuito
uma história que acaba assim a nossa comece..
Tornei-me velho mas sei que valho mais do que mostra o mostrador do tempo
que a gente estremece com o que na vida acontece...
O fogo molda-se água que escorre na face e não há disfarce
onde esconda o que me apetece: ser inteiro, ser verdadeiro!
Mas a verdade é que as figuras de estilo não passam de rasgos no ar de combatentes desesperados
e assim como construir com verdade uma ponte perante esta imensa saudade
que se tornou um feito capaz de corroer até o feitiço da paixão senão o do amor?

dezembro 18, 2006

 

Porque há momentos que são menores que a vida toda

Estou distante
e lembras-mo a todo instante
e entre pensamentos disfarçados
e risos forçados
e o álcool não atenua
o que a companhia acentua.
E alguém me explica
a diferença entre momento e instante?
ou a semelhança entre paixão e amor?
Porque foi nessa fracção
que me perdi do que falavas
e me pus a olhar-te.
Parei para pensar
e pus-me a olhar-te
na semelhança que temos
com o amor que nos ensinaram
ou será paixão o que nos ficou
desse momento distante
em que te rias de mim a todo o instante.
Amo todos os instantes que passei contigo
Mas esse momento não sei se ainda consigo.
E vacilo. Todo eu vacilo.
Duvidam que se questionando o pedestal
ponha em causa o teu cristal
e todos os outros momentos.
Mas sei e não duvido
e eu nisso sou até duro de ouvido
que é diferente um tempo
e a vida toda..
que é diferente O Amor
e a vida toda...
Além do tudo que entre nós aconteça
não vou deixar que o sentimento esmoreça
Resta-me mostrá-lo
porque sei que não posso prová-lo.

dezembro 17, 2006

 

gene da espera

Não era seu desejo
mas negaram-se ao calor
e negaram-se ao ensejo
de algo maior.
Ele por penitência
contrariou o rebanho do senhor
seguiu caminho agreste
pelo meio apanhou uma bela e doce peste
que lhe roubou a inocência
mas ganhou experiência
para ser algo melhor.
Ela por impotência
de contrariar tamanho dissabor
partiu a todo o vapor rumo a outro calor.
rumou ao seu interior
mas encontrou o equilíbrio numa vida de exílio
fugindo das fantasias desse homem errante
e descobriu um caminho inteiro por trilhar
um mundo inteiro por viajar.
Ele encontrou na sua fantasia distante
uma mulher que carecia do seu amor e auxílio
e que é terra de ninguém
a causa de um espírito
que vagueia entre uma fantasia de heresia
e a fonte inesgotável do amor.
E voltou ao momento inicial
o instante em que o distante
era tão longíquo como paixão e o amor.
Hoje não tem dúvidas de nada
apenas o que esperar de si
porque sabe que nada deve aguardar.
Mas poder viver o amor
não é mais um desejo que queira guardar:
sabe que quando os seus olhos a espreitam
é simples o sentimento
mas complexo o discurso
que se enuncia
como um sinal da neve que aterra na terra em greve.
É que assim nem ela deve saber o que ache para si!
Calculo que seja já nada
porque é em estradas assim
que se perde o caminho de volta.
Resta-me e ao pobre homem
sinalizar o caminho de volta
apontar o sentido ao sentido do amor
trazê-la de volta ou perceber que não há volta a dar.
Porque há gente à espera, gente que desespera
e amor para dar..

dezembro 13, 2006

 

frustração

é um velho que esteve uma vida inteira para dizer uma coisa bela e a guardou para a mulher exacta mas por um instante a esqueceu e morreu no momento seguinte.

 

Modos de Excitação

O homem precisa de estímulos visuais, a mulher de estímulos passionais e um jovem de beber mais um copo.

dezembro 12, 2006

 

Hadevir anda cá!!

Só para dizer que Hadevir é um nome brasileiro.. Abraço aí irmão do povo irmão! E já agora muda de nome...

dezembro 03, 2006

 

Chupamus!

No canto da boca de gente, sem verbos nem nada, os versos perversos rasto cego de prazer.

novembro 28, 2006

 

uma delícia essa gente sem malícia..

Uma turma inteira e mais meia
com um petiz de nariz feio,
um engraçadinho lá pelo meio,
e uma princesa de palmo e meio
que grita se quer fazer xixi
e cora sem demora por falar pipi
foi o povo irrequieto
que na Voz se sentou a assistir
à Esmeralda e ao Carlos Alberto.
Publique-se publicamente
não é menos nem mais que qualquer outro
mas é este o nosso público
e que falemos a uma voz
a vontade de repetir a experiência
e com toda a urgência.

novembro 27, 2006

 

Aguardemos para ouvir evoluções...

o matos matou-se
ou se calhar peidou-se
que o cheiro era a estriquinina.
Afinal parece que não,
que o futuro é numa banda:
400 golpes de sorte
no azar da música rock
400 visões de futuro
no meio de um buraco escuro..
não temo por ele
nem pelo que será dele e de nós
mas pelo que ele seria
se continuasse entre nós.
Poucos conheci a quem olhasse
e visse tão claramente
cinematograficamente.
um acto de um artista
nem sempre faz bem à inspiração
ainda mais a quem a tem piquenina
ou tem o azar de a escutar.

 

Estarás a 26 onde estavas no 24?

Transfiguração crítica
de uma enorme massa política
fez-se num povo
sem nada de novo
gente de bem
mas no fundo gente sem
tomates no bolso
e tomates sobre a mesa
um país em guerra
mas com os pés na terra
as mulheres chorando pediram
a homens que se uniram
o povo penou
mas o 25 chegou..
o plano convenceu
(o meu pai mário
contra um sr otário)
e o exército venceu
tenho pena de não estar acordado
para ouvir o marchado
que sobre o caminho se ouviu.
e o resto é história
que virou memória
porque o povo esmoreceu
neste pequeno pedaço seu.
fomos comprados
hoje somos subordinados
a uma nova conjuntura
nada mais que armadura
que vamos ver até onde dura
neste capitalismo desigual
imperialismo social.
Uma revolta impõe-se
se não contra o sistema
que pelo menos abaixo o problema
de cegos reformistas
omnipotentes economistas
que destroem sempre tudo de novo
ao sabor da interesseira poupança
e do défice da balança:
mas que raio de herança!
Já não existem políticos
mas aprumados gestores raquíticos
Venha de novo uma transfiguração política
de uma enorme massa crítica
que se fará de novo
por todo este povo.
Onde estarás a 26?
Não andes aos papéis,
Adere a este sentimento
que atravessa mais do que um movimento;
Não seremos bombistas sem guerra
mas guerreiros sem bombas.
Nada de gajos panfletários
nem sejamos otários.
Seremos atentos
gajos com argumentos
Seremos seguros
sólidos como gajos puros.
Prontos para ser de novo
por ti e pelo povo.

novembro 26, 2006

 

modelo de gente sem gente dentro

transfigura-te a ti e a essa triste figura
que já ninguém atura
pega numa moldura
mete-lhe um retrato
que essa beleza não é coisa que perdura

 

Visões de Inferno e um menino vestido de Inverno

Primeiro veio a chuva
e depois o vento
que virou tormento
arrasou a uva
e o monumento.
Seguiu-se uma tempestade
num mar sem pé
que em toda a sua idade
não lembra nem ao zé.
esse tempo feito temporal
arrasou meia cidade
destruiu toda a herdade.
mas a saudade
que me ficou
foi a do menino anormal
a brincar com a neve
na brincadeira que nunca teve
a pureza natural
como nunca vira igual.


Cuida no presente para que o futuro não te traga deste tipo de presente: anda de bicicleta..
Ou compra umas luvas e uma máquina fotográfica...

 

Cesariny morreu. Avé Cesariny.

Não há drama na vida nova
mas na vida velha
Que nunca mais acaba.
Não há drama na velha morte
mas na nova morte
Que chega sem chaga.
Cesariny morreu velho.
Cesariny morreu de velho.
Mas Cesariny viverá de novo!
Que Cesariny viveu novo.

 

Voz que Escuta

Só tens a ganhar se inovares a voz dos antigos. Mas primeiro escuta-a bem.

 

ink slavery

De uma caneta espera-se que escreva, mesmo que não necessariamente bem. É essa a ingrata tarefa a de uma caneta.

novembro 24, 2006

 

Não sou radical...

Apenas me radiquei na poesia.

 

sedentos saberes

olhares
saberes,
desejos
sabores.
ardentes
talentos,
sedentos
amores.

 

Retratos de mim enquanto belo..

Retratos de mim enquanto belo
são passados feitos presente
que recebo a cada olhar
que sobre mim se desdobra
são momentos frangmentos
traços raros enquanto espero
que me façam puro
até mais que duro
olhares que enquanto me despem
sentem o bater da emoção
nua
que assentam sobre a tela
essa coisa bela
branca se despida.
escutam-me
e traçam os pés pelas mãos
tais artesãos
da arte inesgotada
prestes a ser reformada.
olho e recolho sensações
olho-te e recolho-me em pulsões
que partilho em íntimas visões
modelo feito modelador
narciso feito retrato.

novembro 18, 2006

 

Arquivo emotivo

Os modos generosos
com que agora me partilho
tiveram-te sempre
como uma história de glória
que não quero acabe
esquecida na memória..

novembro 17, 2006

 

Isto assim não passa...

Enquanto lá fora a chuva cai
Cá dentro eu aguento
Este deserto de ideias
Que me atormenta
sob o lençol
que me esquenta.
a tormenta a gente aguenta
mas sem esse calor feminino
que faz de mim lindo minino
a chuva não passa
e assim a gente perde a graça
que a noite alimenta.
e nem no regresso do calor
do senhor deus sol
o caminho deixa de ser sozinho
com a desgraça que a gente passa
de não ter como vizinho
o companheiro da ressaca
o amor, a paixão e uma passa..

novembro 14, 2006

 

Gotta Go

Não me interessa mais andar todo low mas sentir o flow que me atravessa no go até ao ghetto.

 

Asfixiantes estados da governação

Sendo um tipo de esquerda é natural que me preocupe com a modernidade nacional, mas sou do tipo que não gosta nem sabe falar de política. Mas às vezes tento e o que vejo agora é uma única preocupação existencial desta gente que se pintava da cor da esquerda: um orçamento a estabilizar num navio social que andou muito a naufragar. Os primeiros a abandonar o barco já não são ratos mas todos aqueles que não vivem com a noção das implicação das reformas em curso inocentemente saudando tanta premência, que sendo necessária não deveria passar para lá da necessidade, num frenesim que procura a colagem a sistemas que descriminam a gente no meio da gente. A reforma da saúde e da educação que se vivem, disponíveis para todos enquanto pilares num país socialista, são hoje miragens e preparam-se para dividir cada vez mais por entre o povo utente. A noção de utilizador aquele que pode ser pagador deve ser válida na estrada, na padaria e na pina colada, mas dispensa-se no futuro do meu país. O que me revolta não é esta reforma mas a forma que esta reclama impondo imposições indiscriminadamente a tudo o que se mova! Quase que me apetece pedir satisfações a bem das pessoas e entidades que não entendem estas crueldades! A necessidade despoletou um mostro que sente cifrões.

 

Flash Write

Escrever não é trabalho a tempo inteiro mas uma experiência fulminante a desencadear a todo o instante.

 

Reveladora Paixão

Tocaste-me no coração alma e razão, mostrando-me pontos além da minha compreensão e ainda hoje me suscitas evolução até nos modos como a tentação se revela.

 

Um botão separou-me do teu paraíso botão em flor

À tua porta esperei
que me abrisses o portão
Soprei e toquei em vão
nesse maldito botão.
Mas não estavas
ou então fiz confusão.
Com as flores na mão
fui-me então com o aperto no gatilho
feito um espartilho
perder-me na noite
de mãos geladas
de mãos atadas
no que da noite restou.
Tomei um e pedi outro
e antes que chegasse o terceiro
já o porteiro
me pedia que me moderasse.
Uma palavra e um empurrão
originaram uma grande confusão
e num instante estava de cara no chão.
Foi então que te vi
com esses tipos odiosos
a curtir o que te sobrava da noite.
Levantei-me num rompante
mas o cabrão do porteiro
num gesto matreiro puxou-me o calção
soltou-se o botão e eu mostrei então
o morteiro da paixão
em pleno cais da noite.
A humilhação foi tremenda
mas foi a tua gargalhada imensa
que me gelou o coração.
Empurrei ainda o segurança
mas abandonaste-me na hora
e o teu olhar olhou-me na aflição
e terno beijou-me
que não esquecera a paixão..
É a última coisa de que me lembro
antes de me ter apagado
esmagado por um macacão...

 

como anseio esse hádevir instante

deixa-me ser convincente
no momento presente
perdoa-me o tempo ausente
e antes que alguém comente
deixa-me ser teu amante
e amar-te a todo o instante
e amando cada instante..

 

Facto 3: Hoje houve Nevoeiro

E Dom Sebastião deu um ar da sua graça.

novembro 11, 2006

 

E esta mania que eles têm de confundir consumismo com produtividade?

Um criativo é aquele que no deserto toma banho e não o que se limita a citar banhos de memória.

 

Dieta Cultural

A filosofia, a arte, a poesia e o humor não nos tiram a fome de querer melhor nem nos saceiam a sede de pedir por mais.

 

Despiste Humano

Perder-me é tão natural como conhecer-me. Esse é o problema: fico a compreender tão bem um sentido que depois não encontro o caminho de volta.

 

O santo..

Sejam pessoas insectos carcaças ou dejectos, as melgas gostam da nossa luz mas é na sua ausência que nos melgam até ao tutano. Betos, putos insurrectos e taxistas armados em espertos são bárbaros dejectos que a evolução não fez o favor de eliminar e que mexem com os meus instáveis aspectos. Melgas pá! Mas ainda assim tenho pena de lhes arrancar as asas.

novembro 10, 2006

 

Facto2

Não gostava de ser o último dos românticos, mas o primeiro com 152 milhões no papo. Dava jeito, mas a Marisa Pinto só me fez sair uma estrela no jackpot. Provavelmente continuo com sorte ao amor.. só que ainda não o sei.

 

Quando o assunto é (o) capital

O amor sabe fazer uns olhos lindos que só vêm o que lhes interessa.

novembro 09, 2006

 

olha

olha o mundo que olha para ti: espreita fundo, sorri!

novembro 06, 2006

 

entidade orgänica

Esta associação pretende-se como resposta a uma necessidade sentida a nível pessoal e partilhada por um conjunto de pessoas, que encontram nos seus motivos uma perspectiva de melhoria, tanto pessoal como social.

Surge no seguimento de acções, que visavam nomeadamente a criação, por um grupo de jovens com actividades e interesses diversos, de uma associação ou núcleo de intervenção cultural, que interviria na dinamização de espaços.

Não se pretende como uma entidade política, religiosa, mas das suas actividades poderão resultar iniciativas, nas quais poderão ser associados essas temáticas, visando sempre uma maior consciencialização e um espírito crítico e mais abrangente. Pretende-se mais como retaguarda para a dinamização de um espaço e pretexto para o encontro de pessoas que queiram apenas ser pessoas ou melhores pessoas, seja lá isso o que quer que seja.

A componente económica é fundamental neste projecto sendo que toda a sua base funcional nunca descurará esta componente fundamental. Não só como fruto das suas actividades e utilização do espaço, mas também como resultado de candidaturas a subsídios e de apoios, dentro da lei do mecenato.

Toda a entidade orgânica visa a continuidade e a extensão. Também assim se pretende esta, mas primeiro terá de simplesmente existir.

Do encontro de vontades de quereres, de tentativas e de saberes. Um espaço a rentabilizar, um grupo de pessoas de espírito jovem, um grupo de interesses em torno da Associação, que gere o espaço. Um espaço comum, um grupo coeso de indivíduos cooperantes e uma associação que os representa em plena Graça.

Vamos nisto juntos?

 

Estado Solitário

O meu caminho é solitário
Porque sou um gajo otário
Com a mania de um visionário
Que não sai do estado estacionário...

 

blusa aberta

essa musa usa uma blusa um bocado difusa mas recusa de forma obtusa quem a acusa que isso dê tusa a alguém

 

folha branca

ter o ser todo a fazer na dobra do tempo que passa..

 

Rabiscos

O que o meu traço acolhe são sugestões que molda em abstracções que espero te satisfaçam.

 

Sabedoria

Saber é reconhecer o acontecimento antes deste acontecer.

novembro 03, 2006

 

Afinal há (mais) gente!

Mesmo que não vos tenha recebido à porta, que é assim o protocolo da casa, espero que se sintam convidados a devir. Tem sido bom ouvir palavras bonitas de gente bela, o que aumenta a vontade de continuar a busca de satisfação de quem encontra o que não esperava procurar.

 

Bonito..

Hirto Reflicto sobre o que tenho Dito e Grito no Rito 'Acredito num Mito.. Acredito no Amor!'

 

DeCorar

Com a mão no corão, sob o coreto de concreto onde foi dado o concerto dum sr incerto, decreto que acho correcto corar ao ouvir o elogiu certo.

novembro 01, 2006

 

Desculpas-me?

Por tudo e por nada
Por ser e até querer
Tudo e mostrar nada
Às vezes sem saber ou querer
Desculpas-me?
Estendeste-me a mão
Mas na aflição
Por ter medo do rumo
Fugi para longe
E perdi o aprumo
Esqueci a lição
E segui longe de ti
E que mundos eu vi
Que souberam a nada...
Sem a mulher amada.
Por nada e por tudo
Por crer e te querer
Não escrevo tudo
Agora serei tudo.
Agora
Que te peço perdão,
E antes que alguém
Me solte cinza ao vento,
Deixa que te segure a mão e te diga:
Amor, aprendi a lição!

outubro 26, 2006

 

67 Fatias de Idade

A gula do senhor Mário guloso só o deixava sonhar com uma fatia de bolo. Mas o dia serviu-lhe uma família unida num coro de desafinação, um pacote de cigarros de provar.. e a desejada fatia de bolo. Que isto de sonhar às vezes dá resultado. Parabéns Pai!

outubro 24, 2006

 

Inscrever Poesia

Quero parar de tentar escrever de minha autoria e passar a inscrever poesia no mundo que parece tão carente e dele eu ando tão ausente.

 

'Logo Existo'

Este é um documentário homenagem que relata a luta de algumas pessoas depois de um AVC tentando questionar o que é isto de ser pessoa. Para mim o cinema deve ser disto mesmo. Relato de ensinamento humano na primeira pessoa que questione as certezas que há na razão humana. Gostei muito do que gostei numa sala que cheia fez juz à mulher que deu a sua Graça à realização. O Miguel Seabra também me ficou como um exemplo feliz de persistência humana na luta contra a adversidade da doença. Mas que projecção terá um filme destes fora da esfera de um DocLisboa? É dura a realidade de um cinema invisivilizante. Mas será a persistência contra essa adversidade que fará de nós heróis nesta vida de autor.

 

Porto de Lux

o porto da minha lisboa
são portas e pistas
onde os lábios amados
são encontrados
por velhos amantes
e novos viajantes
sem rumo certo
que viajando ao longe estão perto
voando voando amando

o porto da minha lisboa
são corpos molhados
espíritos suados
cabelos molhados
e corpos expostos
com os espíritos chegados
saltando saltando amando

no porto da minha lisboa
a luz que era nossa
hoje é pista deles

 

desgostos tombados

desgostos revelados
em letras apetecíves
na busca da herança de outra mulher
e passeantes
com os braços tombados
outrora erguidos
chamando nomes ao destino
que receberam por seu
cruzam-se nesta cidade
como em todas as outras
que não há fundo
nem subsistência
que mude esta existência
de parasitismo
e negativismo
que abunda no mundo.
Mas resta tudo tentar para que nada mude!

outubro 21, 2006

 

Méritos

Quem muito procura pode não encontrar mas quem cedo desiste nunca merecerá o que encontre.

outubro 19, 2006

 

Hey Doc!

Com o cinema Francês de Passagem vem aí o Brasileiro mas é o Documental que estou mesmo para ver. DocLisboa na Culturgest eu vou!

outubro 18, 2006

 

O Paciente Português

Nunca tive ilusões quanto ao filme de Anthony Minghella com 9 Oscares, menos ainda menos me restaram depois de vê-lo. Possivelmente por estar de cama com sintomas gripais e com um leitor de dvd engasgado, guardo uma opinião de filme dispensável. O final é sentimentalmente interessante como convém a este tipo de filmes, mas tanto a história da enfermeira como os próprios segredos que ensombram a cabeceira desse sobrevivente Lazslo não ajudam nem ao suspiro.

O que para mim falhou? Não percebi a personagem ambulante do Willem Dafoe menos ainda aderi à bengala demasiado delicodoce da Binoche. Também a construção totalmente em flashback interno, não me fez aderir àquele Ralph Fiennes que ora contorna ora se afunda nas dunas femininas. Se a pressão exterior do presente fosse mais em crescendo e houvesse menos sentido e mais rasgo na forma como as personagens surgem, talvez se sentisse realmente uma intimidadade que nos identifique àquele agonizante o que só acontece perto do fim.

Quase três horas de paciência que apenas me fizeram ter saudades do Casablanca, esse sim um meritório resistente das histórias de espionagem em plena segunda guerra, com um Lazslo e uma história de amor que realmente sobrevivem ao tempo. Nunca fui nem me espero tornar um nostálgico do cinema clássico, mas dou outro exemplo como o Lawrence da Arábia que vai continuar a cativar gerações de apaixonados pelo deserto, que este Paciente Inglês nunca chegará a consolar. Dou-lhe duas assoadelas, empurradas pela alergia.

outubro 17, 2006

 

'Primun milhus, pardalorum est'

Que as vozes dos tripeiros e dos adeptos discutiveis se silenciem em breve que eu continuo a cantar sempre convosco até Manchester e ao que mais vier! SLB hoje e sempre!

outubro 16, 2006

 

Desejos

Artista executivo aspirante a consagrado cineasta procura beleza única consagrada a eterna devoção..

outubro 15, 2006

 

btt'rockers'r'us


ontem foi dia de btt. 50 km no meio do campo, com muito súor, quedas e furos do meu companheiro de desventuras. Tudo perfeito portanto.. Até deu para encontrar uma guitarra toda mítica. Entretanto a noite começou a zunir com a casa a 15 km. Resultado: borbulhas na cara, braços, pernas, cara, e até debaixo da roupa e cabelo. Até a dormir dá comichão! Mas pelo menos não fui eu que fui ao chão. Melhores fds virão, parceiro...

outubro 13, 2006

 

Mais do que parecê-los é preciso tê-los..

Ketchups há muitos, Heinz há só um. Porquê? Porque as palavras nunca envelhecem e esse nome identifica um recheio que se mantém. Mas se o rótulo dificilmente deixa de perder o seu brilho, não ter o mesmo génio na garrafa é preocupante.

Entrei numa fase pós-colapso da minha vida, numa espécie de balanço e de reestrategificação. Whatever it means, whatever it takes. Encalhado em trabalho contraproducente em ritmo crescente vejo o passar dos dias e a ilusão a esvaziar-se. Olhando ao espelho isto sim é envelhecer e não os cabelos em falta, a barriga saltando das calças ou as rugas no rosto. Isso são marcas do tempo, mais ou menos reversíveis, mas não é o mesmo que envelhecer. Envelhecer é o azedar do recheio e não o degradar do rótulo. Envelhecer é ouvir a entrega do prémio Nobel e deixar de sonhar com o nosso nome nele. Envelhecer é ouvir as notícias e ouvir que as prostitutas se fazem ricas e abandonam a universidade. Envelhecer não é uma ilusão, é um facto. Mas não é irreversível. Por isso resta-me reatestar a garrafa. E já agora retocar um pouco a embalagem..

 

13, Sexta-Feira!

Be affraid, be very affraid!

outubro 11, 2006

 

Tu(Ainda)Nada..

Nada sei que faça tudo
Nada faço para que tudo saiba
Mas sei que nada faço
E que sempre falta um primeiro passo
Para que nada seja Tudo.

outubro 10, 2006

 

LEGO'love

é duro quando o sentimento existe e os legos n encaixam. Ou pior nem se encontram..

outubro 08, 2006

 

rima rima com obraprima?

quando a rima se produz
esquecendo a fantasia
no exterior e sem alegria
sai sem nada que arrima
sai um borboto que cheira a esgoto.

já quando é produzida na letargia
o produto é incerto
num processo que sendo lento
é um tormento
que não garante sucesso.

mas quando flui
no turbilhão de momentos
compactos como motivos exactos
imagens garridas de fantasias vividas
parece-me que o resultado
pode até ser outro..
Mesmo que não seja garantidamente melhor...
Ou sequer bom.

Mas quanto a isso o que não falta é poeta na praça a trabalhar de graça.

outubro 07, 2006

 

Dilema familiar

Quem é que faz o bolo de anos ao pasteleiro?

 

díspares disparos disparatados

quero que me lambas a face como folhas frescas de alface e faças a este menino como fizeste a esse pepino

 

Facto1

Fez sol no que dia em que te vi pela última vez mas nevou em todo o caminho de regresso a casa..

 

DePartida.

Dá-me um beijo na partida
que dispenso o da chegada.
Mas antes dá-me ocasião
escuta-me a razão
guarda-me um pouco de ouvir
com que reveles o meu fluir
e age de tua justiça.
É só isso que peço: uma hora da justiça!
Depois se chegada é a partida
acena-me um lenço branco e nada mais...
Mas se a hora aguardar um regresso
eu quero sentir na hora um beijo
dois beijos e mais o beijo e outro e outro beijo..
Porque para desejar houve tempo a mais!

 

Menina que fala

ter-te em segundo plano
finjo-o
olhando-te por detrás do ombro
desviando-me por entre a populaça
escondendo-me na sombra
ou trocando-te por esse ricaço que passa
porque o faço?
porque ter-te um segundo
não me basta
porque ter-te a vista em cima
não os afasta
porque acreditar
não o prova
e assim o meu pai
não o aprova.
quero que me olhes
e me desejes em medida igual
para que os destruas com toda a malícia
e que guardes para mim essa delícia
dês a cara
onde já envergonhei a minha
quero-te humilhado
molhado feito menino
quero-te rasgado feito soldado
domado feito felino
quero-te meu
nosso no meu ventre
para que aqui outro não deixe que entre.

 

Tu que me lês..

Se existes gostava que falasses comigo pois gostava de saber como me leio.

 

Tarao do Kike

a minha sabedoria encontra-se a meio caminho da displicente cedência e da extremista convicção; ela possui a resiliência do verdadeiro amor.
as minhas aparições desiludem a quem se fia na aparência mas desvendam-se a quem observa a sua transparência.
tenho pena de não parecer o mesmo mas saúdo-me por não ser o mesmo: mudei, sinto que envelheci mas cresci.
os meus marcos não são mais pedras que guardo, mas caminhos que trilho rumo ao meu lar.
não fujas se a onda se afasta da costa pois ela há-de regressar, mas afasta-te se não chegou a tua.
a grande onda arrasa pontes, a pequena onda não desencalha o barco.
saber é tão imperativo como descobrir, mas isso não é impeditivo de descobrires que não sabes.

 

É28!

Carlos apanhaste a carreira aos 28: agora é dos Prazeres até à Graça!

outubro 05, 2006

 

lembrar esquecimentos

lembrar-te
é tarefa que não repito
porque não deixo de fazê-lo..
esquecer-te
é coisa que não admito
porque não hei-de querê-lo...

outubro 04, 2006

 

Rosa, Rita, Fátima..

Três idades distintas de beleza no feminino que hoje se comemoram. Com a Rosa peço a inspiração que a Dr.ª Fátima me garante e que à Rita eu devoto. Gente assim deveria ser amada em todos as latitudes do planeta todos os dias!

outubro 02, 2006

 

aquilo que em mim escreves

seja poesia, seja fantasia
aquilo que em mim inscreves,
onde assentam os teus caracteres
levantam-se ondas de desejo
plumas com pontos de luz brilhante
flutuando na leve aragem
de um suspiro profundo
ou de um arfar mais fundo
que em mim fizeste soltar.
Esses momentos são densos
até mais que intensos
são beijos arrancados
trincados sentidos
com a precisão exacta
de uma paixão infinita
que sabe ter um fim
e que aproveita o fel de um dia ruim.
acreditar e acreditar sempre
no que és e no que exprimes
entre linhas e suspensões
de pontos e inflexões
é o que me mantém ligado
e a desejar ser levado
seja eu um dia poeira
a ser sobre teu livro assente
E este será o mais belo consolo
que o ponto final me trará.
E que um dia alguém,
desejando penetrar
na tua doce e plena escrita,
suspire a minha poeira
e me faça voltar a ser na poesia
que então por ti se solta,
um louco e desejoso amante
de te ter só por mais um eterno instante.

 

É só právisar..

Que desde 1 de Outubro este blog passou a contar os navegadores errantes que por aqui passam.

setembro 30, 2006

 

TropaDor

Eu não fui lá
nem calcei botas
nem andei de gatas
nem me endireitei no pelotão
nem quando passou o capitão.
não fiz figuras sérias
nem fui lá de férias
simplesmente não fui lá.
Não coloquei capacete
nem disparei a G3
e menos ainda me apeteceu
andar de cacetete
para a frente e para trás.
nem sei que mais perdi
nem sei que mais se faz.
Eu não fui lá
e disso é o que mais há.

setembro 28, 2006

 

TrepaDor

Com o fôlego que me resta
Trepo ruas onde posso
Trôpego pareço a quem passa
Calcando esta colina disforme
Lá sigo com saúde no passo
Mas já resta pouco na poça de força
E a colina olha-me enorme!
Só mais um pouco
Me peço de esforço...
E lá vou subindo
mais e mais pedalando!

E eis-me chegando ao topo
Efusivo me saúdo
Louco me pareço
E mesmo que cansado todo reste
Tudo isso que importa
Que por dentro todo eu estou sorrindo:
Eu estou no topo!

setembro 26, 2006

 

who Got a Hot Plot for a Dot Not

in my net I fish no wish
i'm on a dot not
looking for a hot plot
I may proceed years
hearing my tears
'she's so fine
like this wine
she's precious
my baby'licious'
or writing down some thoughts
empty like noughts
'with her I want
even what I can't
castles made by hand
with rock no sand'
Or stay steady like a rocksteady
waiting years erase my tears..

 

Eu acredito na (r)evolução..

mas é óbvio que nem todos caminhamos para lá...

 

Amor: Striptease and.. Fado.

A escrita é fina, o traço é grosso
Conversas tantas
Até roucas as gargantas
Sobre amores desfeitos
E outros mais que perfeitos
Ou de meninas e velhos rotos
Em Lisboas e outros esgotos
São estas as nossas naites
Com vista para as boáites
Conversa dura e que dura
Sobre gente ardente
E que chora sem ter onde mora
Seja no Bairro da desGraça
Ou na margem de lá
Que há senhor de negócio
E meninas do ócio
Por todo o nosso país amado
Que todo ele é país de fado.

setembro 25, 2006

 

I'm speaking your language

E eis-nos de volta para falar da amizade. E falo no plural porque sou eus que falam. Presente Futuro Passado. Tal como haverás de saber que tu não és apenas um tempo que me escuta, mas vários momentos em que a minha voz ecoa. Não a minha mas outras como ela. E escuta-me mais atento que o tempo é tempo que escoa.

Hoje estive com ela, que mais não é que um passado sempre presente. Um karma resolvido que acaba por me encontrar em dias onde fico sempre mais reencontrado. É bela e especial, esta alma single, ela. Semelhante comigo demasiado às vezes até, o que em tempos já muito me assustou, muito antes de a ter sabido de signo e ascendências parecida ao caminho que tenho seguido. Esotérica mas nada histérica é a minha Lili, essa menina que guardo aqui.

setembro 16, 2006

 

Armando às vezes pedindo às vezes pregando

Sou armando
Um gajo feio
Um gajo loco
Se vossa senhoria
demais não se importar
chegueme aí a moed’ó pires
que eu quero é me pirar.
Chamou-me gatuno,
Mas isso é coisa
que não me lembre
de ser oportuno:
meu roubo maior
é ter meu asseio
no que chamas passeio.
Ser nada na vossa lembrança
é coisa que num mimporta
já ter fome e não ter doença
é coisa que me põe de pé.
Mas saber o que me apteça
Eu cá num sei
Eu cá num digo
Eu sou um intrometido
Sempre acabo deixar
Acontecer
O que quer que macunteça.
Sou bagabundo
Um gajo imundo
um gajo imune
Imun'à vossa presença.

 

Mestre

Mestre
É a memória que nos arrefece o inferno
Nesses momentos de terror interno
Onde a sabática passagem
Do frissom momentâneo,
Dá lugar à mestria duradora.

Um mestre é alguém que se procura
E que se encontra mais do que se acha
Em momentos de confiança
E nas fases de desesperança.

O que procuro procurar
É alguém que possa encontrar
E, sem que o peça, possa confiar
Um rumo ao destino
E o tom do desatino,
Que isto da vida não é só ser bom menino.

O que procuro encontrar
É passado que me guie no futuro
É conhecimento que ilumine miolo duro
E companhia na esplanada em tardes de sol.

 

Sirenas

Silvam altas silvam agrestes
Não eram sirenes se fossem serenas
Essas sirenes que silvam agrestes
Rodam brilhantes rodam assim
Essas sirenes que chamam por mim

 

De herança tudo e nada

A mortança
Fez-me rico
Meio perplexo
Mundo complexo
Este do dá aos meninos
Depois de roubada
Meia herdade
Meia verdade.

A herança
Deu-mum corte com que fico
Em sangue na chavena quebrada.
E no espelho de cristais finos
Onde me reflexo,
No meu meio anexo
Cheio de coisa metade
Cheio de gente saudade,

Nada.

setembro 13, 2006

 

Afinada Sara

É curioso ouvir moralistas falar da moral alheia como se houvesse melhorias pelas suas lições de moralidade.

setembro 11, 2006

 

ANO5

Faz 5 anos que o mundo viu a realidade esmagar a ficção. Os argumentistas lançaram-se recentemente a explorar o acontecimento mas talvez sejam precisos outros 5 para que a ficção possa retratar toda a dimensão real deste acontecimento. Pena é que os principais envolvidos, Bush e BinLaden venham a assistir serenamente à sua exibição sem que a ficção os esmague na realidade. Que isto não há-de ser nada com eles...

Faz hoje também cinco anos que ultrapassando toda a dimensão dos factos de ficção factual falei com ela ao telefone naquela que talvez tenha sido a última vez em que a senti verdadeiramente próxima. Espero não ter de esperar outros cinco para poder senti-la de facto perto, ainda mais perto, que isto há-de ser tudo entre nós... Mas se necessário for..

 

Allô Juliette, o Paul vem jantar..

O meu estado de saúde talvez se explique melhor no filme que foi o meu fim de semana. De uma assentada sentei-me à mesa com Juliette Binoche, Paul Auster, Santiago Amigorena e não menos importante o nosso master supremo Paulo Branco. Nada mal para um Domingo sem bola. Tenho pena de não ter ficado com uma foto em tão solene companhia, mas pelo menos ficou-me bem distinta a imagem deste 10 de Setembro. O mais giro é que ainda pagam para um tipo fazer estas coisas, incluindo brownies de €5,5. Eu há trabalhos..

 

Inspira.. coff coff.. expira...

Hoje, 11 de Setembro, dói-me o coração mais em sentido físico que metafórico. Fui ao hospital o médico receitou-me duas aspirinas. Fiquei aliviado com a notícia mas humilhado ao mesmo tempo. Então tá aqui um gajo que não consegue respirar e toma lá aspirina? A sério que cada vez mais questiono esta medicina ocidental. Isto cá para mim foi um voodoo com direito a alfinete! Isso sim. Bom, medicinas paranormais aparte, o hospital onde fui é o mesmo onde cheguei com o pé esquerdo partido e que continua na mesma.. para não falar no direito mas esse é toda uma outra história... e isso talvez explique o diagnóstico.

setembro 07, 2006

 

O herdeiro de Santa Iria

A crença ganhou à desconfiança
e o dia acordou com mais uma criança.
Afonso, 3 quilos e mais de gente,
foi este o belo presente
que trouxe a Lua e a ciência
e hoje a gente presencia.
Pernudo como a mãe,
Cabeludo como o pai,
Feioso aqui como o 'tio',
É assim este que vem ao desafio.

 

Semente da gente

Se aprender
quero que aprendas
a distinguir o bom
do outro caminho.
seguindo um bom destino,
que outros existem,
e também aqueles que desistem.
A todos a descrença acorda
no dia em que o sonho se dilui
e forte é aquele que aguenta firme
mesmo quando se deprime
e nesse momento em frente flui.
Não se deixa no passado
nem desiste do futuro
vive em frente
vivo como gente
segue vivendo
ainda que sofrendo
a falta do sonho antigo
como esse que trago comigo
que molda a semente
que trago em minha gente.

 

O sonho de continuar sonhando

(A propósito de uma menina raptada aos 10 anos e mantida em cativeiro outros 8)

Gente sem cara, gente que não pára
de matar, de raptar, de escrupular
(se isto não existe já aconteceu de certeza):
tenho pena de saber
que isto continua a acontecer.
Mas o que mais me perturba
são os sonhos que adormecem,
para um dia acordarem
em consciências alheias
sem nada sem ninguém
que os arranque às teias
de sonhos dormentes
pesadelos acordados
que nos deixam de pés às mãos atados
até ao dia em que o sonho morre
e com ele o sonhador,
Que a vida vive com os nossos sonhos,
os sonhos que nos ligam à vida,
e foi isso que a salvou,
o sonho de continuar sonhando.

setembro 06, 2006

 

Lua que mudas as barrigas e as convicções dos homens..

Mostra-lhe a ela que brilhas para todos, sobes as marés e sossegas o sol todas as noites.
Mostra-lhe a ele que brilhas sempre, que céu estrelado há todos os dias e em todos eles nascem crianças.

Tudo isto por uma idiota aposta sobre o nascimento do bebé da Neves. Que venha saudável, já que demorado anda a ser!

 

Se te inoportuna alguém

Não destruas o homem, mas as causas que o movem.

 

Para que também conste

Devir é um tempo presente sempre em construção, sempre em mudança. Este hadevir pretende-se um registo sentindo o fluxo que atravessa a rede. Um olhar que se lança sobre o rio em passagem, enquanto espera alguém... Apenas um olhar, que te aguarda..

setembro 05, 2006

 

Espelho Espelho...


Num dia que se esperava demoníaco saiu um dia assim-assim que podia ter fechado à mesa com o escritor Paul Auster. Nada mal para quem esperava apenas por terça-feira. Mas hoje olhei-me ao espelho e uma coisa é certa: ando com mais barriga que olhos. Mas isto vai mudar.

setembro 03, 2006

 

Blog revisitado

Entendo este blog como um diário de sonhos e de missões assumidas. Tal como entendo a vida, destino final da poesia respirante que me proponho fazer. Não é aspirante, que para medalhas nunca tive tensões nem tenho estaleca. Mas que seja uma letra própria que se inspire no ar que é o da minha vida e expire as letras que são as do meu sonho.

Pssst: Soube hoje que a contabilidade de visitas cresceu em um terço e tenho já 4 visitas confirmadas! Enquanto não me fizer publicidade é este o pecúlio de leitores que a fama me obriga a satisfazer. Obrigado a tod@s, sejam bem aparecidos! ;)

 

Com a vista em cima

A sonhar com a suavidade imensa de uma saudade que cresce com a idade, um jovem deixou-se levar e desistiu.
Ao seu lado ela, a sua saudade viu-o caido no solo, fechou-lhe os olhos e meiga disse-lhe baixo ao ouvido:
levo teu sonho sonhando comigo. E desapareceu...
O jovem acordou livre do sonho, confuso sem perceber porque seguia subindo tal vereda. Olhou para baixo e ficou feliz com a vista. Consolado preparava caminho de volta quando a memória de uma voz soprou em direcção ao topo e o fez retomar caminho idêntico. Em busca do seu sonho. O sonho que sonhava com ela..

setembro 02, 2006

 

só duro e pesado e triste e sério e só mais um dia

Dias como este não deviam ser recordados
mas são dias como este que fazem a memória
e dura e pesada e triste e séria e só
são dias estes
em que a corda toca mais grave
e me aperto como se te pudesse fazê-lo
como naqueles abraços assim sem fim
onde o mundo se afronhava no teu colo
-que mais bela palavra não consegui moldar
para tão único momento que me dava alento-
e o tudo e o tempo se fazia lento
para enfrentar esse momento
que depois de ti
era SÓ duro e pesado e triste e sério e só.
era um momento só
metendo dó eu estava só
até ao momento seguinte
em que no nosso porto me afronhava ao teu lado
nesse porto
antes cinzento e triste e feio e sujo de pó
que ao nosso colo
eu vi limpo e luminoso e vivo e com barco e nó..
nós partimos
outros chegaram
mas a memória é toda nossa!

 

factos fatídicos

há algo de fatídico nas vias mais rápidas onde circulam frases em cartaz de néon ao som da dança do acordeon
há algo de fatídico nas frases ditas antes de tempo nos projectos anunciados nos manifestos afixados em paredes rombas
há algo de fatídico na minha conversa que não fere e na tua escuta que não quere e ambas ficam a um passo de tocar

Porque nos anúncios feitos nos manifestos tombos
há algo de lúdico que dança ao som do compasso que se descompassa
e logo perde a graça
Eu queria tanto e posso tão pouco e se mais quisesse menos podia (querer)
Mas pudesse eu um pouco mais e mais havia de menos (acontecer)
do momento da conversa que ouve a escuta que não se massa
e um passo fica a distar para que a vida
nos junte na via
E me dê a chance que essa me é permitida
De poder ser simples e te responder a uma pergunta que ficou por ser levantada.
Ou todas as que ficaram por ser satisfeitas.

há algo de fatídico nas vias mais rápidas onde circulam frases em cartaz de néon ao som da dança do acordeon
há algo de fatídico nas frases ditas antes de tempo nos projectos anunciados nos manifestos afixados em paredes rombas
há algo de fatídico na minha conversa que não fere e na tua escuta que não quere e ambas ficam a um passo de se tocar

agosto 30, 2006

 

Já lá vão 300 postas de bacalhau

Telmo, o xerife fez anos e eu não lhe comi do bolo. Não importa para o ano são 29 no dia 29 e aí há-de comemorar-se na casa nova que háde vir. Lá para o post 3000!

agosto 28, 2006

 

ÉSCOLA

A escola serve para a aprendizagem de códigos específicos mas acima de tudo ela deve consumar a perda da inocência inicialmente apresentada. O aluno é o elemento a transformar ou pelo menos a sofrer a influência desta máquina insinuadora de acções autómatas e mentes autónomas.

a ÉSCOLA AMARELA

Vim bater à porta deste edifício amarelo já fora da idade da inocência, longe de saber ser a inocência que me fazia mover. A inocência de um sonho. Ou até mais do que um que tive, mas pelo menos esse foi revelador. Por isso insisti e bati mais do que uma vez. Três e quatro vezes para ser mais preciso. Por falta de papéis ou de vontade para mais precisamente responder às questões colocadas não fui muito bem recebido por três senhores e pelas atenciosas donas que me sorriram na despedida. Mas voltei sempre e cá entrei finalmente. Vinha de uma escola chamada técnica, tinha passado por outra artística e enfrentado uma outra chamada emprego, que não me saciaram a sede de mais conhecimento, mas que me deram me deram a conhecer o sabor deste mundo de janelas visuais e traços sonoros.

E entrei mesmo. Aturei merdas e coisas boas durante um ano e cheguei ao segundo onde ouvi merdas iguais e coisas melhores. Até que um dia passei ao terceiro a dar na mesma causa, e ao fim de um tempo me fartei. E à minha volta também vi que estava tudo farto e sem vontade de mais. E que mais à volta outros também tinham passado pelo mesmo. E que lá fora já alguém tinha ouvido falar disso. E que lá muito ao longe nós não importamos. Porque não fazemos com que eles se importem com a nossa falta de importância. Mas que importa, não é assim todo o mundo? Que importa?! Há que nunca esquecer que a função da arte é transformar o mundo a cada segundo!

Só posso falar em pormenor dos problemas que conheço bem nesta escola muito bicéfala, dividida em três departamentos insuficientemente comunicantes. Gostava de ter aulas partilhadas com alunos de outros departamentos em masterclasses específicas que podiam ser uma forma de comunicação por entre estes corredores vazios de gente e às vezes também de alma.

Desta escola falarei mais pormenor de alguns problemas do departamento que me compete: o de cinema. O mais estranho talvez seja mesmo que se tenha feito uma reformulação de currículo de cinema que não previsse os acordos de Bolonha com toda a implicação de mobilidade que isso implica ou a compressão da licenciatura num ano, ou que se deixe para Dezembro uma decisão que determina o presente de muitos alunos como um acesso posterior à licenciatura, sem equivalências implicando repetição de cadeiras. Este atraso perante outras escolas do Politécnico e até mesmo face ao departamento de teatro é sintomático que algo vai mal no reino do cinema. Com uma direcção que se mostra eterna no poder num estado que não sendo ditatorial já o começa a ter já raízes criadas por entre ramos das mesmas famílias. Mas isso pouco me preocupa, embora me importe com isso. Eu não sou dos que fazem por pedir cabeças no prato, que eu me acho de fino trato, mas acho que há quem tenha que levar a mão à consciência. Olhando à volta eu vejo professores e funcionários que não se importam com a condição de ter cunhado, que importa é ter um tusto na mão, ou de vir de projecto falhado que importa é o livro que dão. Não os sensuro nem espero que me façam o mesmo. Porque todos merecemos oportunidade de vingar e de nos expressar na vida.

O que me preocupa é a qualidade de ensino e a insuficiente preparação face à integração no mercado de trabalho. A escola podia e talvez devesse ser um polo de união e motor de desenvolvimento das associações do sector, funcionando como ponto de encontro e motor de progresso. Se não pertence às suas competências devia estar nas suas incumbências. A saída para o mercado é um ponto de indefinição com toda a insegurança e exposição que deixa os novos mancebos, carne fresca para exploração.

A competição com outras escolas também nos tem deixado mal na fotografia neste aspecto, já que a taxa de entrada no mercado nos deixa atrás de centros privados mais dinâmicos e competitivos, servidos de políticas em que o acomodar tantas vezes associado à função pública não pode ter lugar.

Não compreendo também ter de voltar a estudar depois de estagiar. A obrigação de cumprir o estágio no fim do terceiro ano continua a ser um enigma para mim que só complica a entrada no mercado de trabalho, mesmo que permita ainda o grau de bacharel. Porquê apresentá-lo ainda no final do terceiro ano? Mude-se já, a nós que ainda apanhamos com a desfeita! Para quem queira seguir com a licenciatura é como voltar à água fria depois de um banho quente. Mas pelo menos quem sai para estagiar, volta mais desperto. Estranho também as mudanças que se fizeram, como com o acesso a cinema para quem tem mais de 23 anos seja uma prova de inglês, como se não fosse grande parte da bibliografia com livros em francês e espanhol, ou se nos estivessem a preparar para trabalhar em tradução!

Olhando para dentro eu vejo isto e vejo que muito me falta fazer. Ainda nem comecei verdadeiramente e nem creio que o venha realmente aqui a fazer. Que são também outras as minhas guerras e eu também sei fazer o truque do relógio insinuando falta de tempo. Mas exércitos fazem-se de gente e de ideias que os guiem e ouve uma ideia clara que toda a gente no mundo deve partilhar: a melhoria constante. E assim serei mais um no batalhão como já no passado. Que temos de sujar as mãos para construir alicerces fundos.

Hoje acordei a meio da noite em consciência de balanço e percebi que estava preocupado que pouco tinha melhorado. Ou sequer mudado. Acredito mais na evolução continua do que na revolução militante, se bem que me ache um revolucionário de acção constante. De falinhas mansas mas convicções duras, eu prefiro-me em acções puras, ditas em voz clara que pedras soltas, frases loucas e baixos os calções. Mas a mudança implica as duas e eu subscrevo a melhoria e a fantasia.

Olhando à volta eu também vejo professores motivados e de braços levantados. Que haja quem lhes faça justiça. Mesmo dentre esses há que continuar a melhorar seja como gente, que há quem não se importe com quem tem à frente, ou participando na (r)evolução, que há quem não se importe com o que tem à volta. O que sensuro é a frieza que alguns nos reservam e continuam a expressar do alto do seu cadeirão. A funcionalidade não implica a exclusão, mesmo que esta a facilite. É em tantos casos uma escola pequena de proximidades distantes.

Proximidade distante até face à comunidade onde se inseriu. Nula a integração na Amadora, mínima a interacção com a comunidade, total o desconhecimento da população do que aqui se passa e até de onde nos situamos. Para quando uma mostra a sério, no princípio do ano, porque não no centro da cidade? Porque não na Cinemateca ou no futuro São Jorge, ou FórumLisboa, ou King, ou Monumental, ou até no Cinebolso? Nós queremos ser vistos! Nós que o façamos? Também o temos feito e eu mesmo talvez o tente voltar a fazer!

Olhando em frente eu vejo alunos que faltam às obrigações que têm consigo, mas acima de tudo com os outros que isto da arte não deve viver só com o que nos fica no goto. Olhando em frente eu vejo também alunos motivados, gajos esforçados, mas isso por si só que importa?

Há que não deixar que o mato cresça e apague os passos marcados e perpetuar a melhoria e implicar a todos no mesmo esforço. Quem passa o mato pisa os espinhos, mas quem o sulca abre caminhos. Quem os abre é passado muitas vezes na vida, mas será sua essa estrada que agora o lembra. Aos que agora chegam eu saúdo-os à porta de entrada que à saída eu gostava de ser saudado. Dou-lhes os meus apontamentos, boleias de mota e até empresto uma nota. O que peço em troca? Nada, mas aceito tudo.

Sinto que me transformei por dentro mas também perdi muitos cabelos pelo caminho, por motivos meus e do que por aqui passei. A perda da inocência é um caminho sinuoso e, agora que vou mergulhando cada vez mais no mundo do trabalho remunerado, vejo os malefícios e vantagens de uma escola que não me preparou para todos os precalços a enfrentar, mas que me deu ferramentas básicas que tenho a aplicar. Ela sugou muita da energia e tempo a todos nós, mas sinto que este tempo me automatizou em muitos processos e em muitos aspectos, mas acima me tornou mais capaz de enfrentar a vida e participar num percurso criativo. É positivo até ao momento o percurso que fiz mas podia ser bem melhor. Tal como este exConservatório.

Já não é Conservatório nem parece que seja por muito tempo ESTC. Mas por agora é a nossa escolinha amarela, o nosso submarino amarelo que todos gostaríamos de pintar com as nossas cores e imagens associadas ao nosso meio artístico (mas é sempre tudo muito complicado neste país ainda cinzento). Que evolua para que todos guardemos melhores recordações da escola amarela. 'ESTC, gosto tanto de você!'


06:08 28.Ago.06 08:38 28.Ago.06

HENRIQUEdeBRAZÃOBARROSO

 

ao vosso serviço

. sou meio inocente mas não demente, sou-o porque gosto com muito gosto. A vida é trabalhosa mas o trabalho também dá vida quando não a tira e eu cá hei-de trabalhar até morrer se não morrer, antes, a trabalhar. sou passageiro em vida de trabalho e faço-o a gosto. O dinheiro escoa-me com o imposto imposto aos dias em que passo sem viver, mas eu cá não sou formiga de abandonar o posto.

. sou servente do serviço só sirvo para aquilo que sei fazer. Sou ingrato e de mau trato. Sofro e faço sofrer, porque trabalho pelo dinheiro que gosto de ter. Sou escravo meu e servente de outros e é só assim que sei ser. Aos meus encho a mesa farta que nada lhes falte falte nada porque mais não lhes tenho para dar.

. sou patrão, mestre com garras de leão. Sou às vezes barão da vida armada e outras servente de camisa molhada. O trabalho é vida é ganha pão, que mata a fome à gente necessitada mas por mim prefiro ficar com metade da melhor fornada. Que eu sou patrão, o mestre da armada.

agosto 26, 2006

 

A Sereia e o Meu Mestre

Vaz da Silva foi o meu primeiro mestre. Diana Coelho a minha primeira sereia. Realizador e Produtora entenda-se. Levaram-me ao mar com uma corda numa mão e um argumento na outra. Guiaram-me nesta primeira aventura fora de costa. Conheci bons momentos e grandes pessoas com quem partilhei boas experiências nesta teatral viajem de mar alto. Até me dei bem parece-me! Chato que quando voltava à terra do outro lado da ponte me tenha encalhado guiando uma carrinha! O que importa o dinheiro quando a quantia não é grande e a alma continua imensa? Isso não destruirá a contabilidade menos ainda o desejo. Desejo? Sim, o de viajar em busca da Minha Sereia.

 

'A Sereia' feat. Fernando Lopes

Conheci um mestre de velha data de nascimento. O seu portento já não ostenta o jovem do Cinema Novo, mas a obra de um homem que pode olhar orgulhoso para todo o seu percurso faz dele um exemplo de mestria que me encheu de alegria quando o vi. Este Belarmino Delfim Bom Malandro de Abelha à Chuva, se Deus Quiser há-de continuar a carburar a 98Octanas por muitos metros de película! Um feito feito feitio. Este não é um Oliveira em nome, mas é um generoso Leão de Ouro que em muito o supera quando até empresta a voz ao encenador n'A Sereia dando uma mão a um velho companheiro Vaz da Silva. Brevemente tal como as 98 Octanas num cinema perto de mim!

agosto 25, 2006

 

Corporal Hymen presents Bangme Bangme Lucy Luck

Se eu fosse porno star havia de desvirginar lucky blonds por esse mundo fora, mas calhei ser pronoducer e só me calha ser secretário de perna de pau do Mr.PauloWhite. Temos pena, mas um dia havemos de ser Mr. Pink!! O dia há-de chegar, ou não..

 

Gostava de ir ao Brasil trocar de sexo:

de assexuado para homemsexual..

agosto 24, 2006

 

Que fique aqui expressa uma promessa: !!!

Ou pelo menos um desejo de promessa. A minha semana de férias da CAP não deu o efeito desejado. Pá que tenha sido o último trabalho que eu andei a filmar! Tou com receio pelo vídeo que vai resultar pelo que só me posso empenhar até aos tomates para moldar bem a coisa. Isto das boas vontades acabam por me complicar o processo artístico, porque se não temos especialização num assunto mais vale vender a nossa honestidade do que andar a enganar com muito boa vontade...

agosto 23, 2006

 

Kike, o Manquiavélico

o coxo da ópera ataca de novo agora no São Carlos em pleno coração de Lisboa. As rodagens avançam lentas mas trabalhosas que isto de fazer cinema em cima dos arames da teia do teatro não é número de circo. O pior acaba por ser o horário de empregado público que se nos dá um descanso de luxo tira por outro a cadência às cenas. Sem tempo, com pouco dinheiro e em cima de arames é, garanto-vos, duro fazer cinema!

agosto 22, 2006

 

Palagiar

Penso que o plágio é uma forma idiota de vida...
A preguiça leva ao esquecimento,
E este ao aumento do mau momento,
E isso é coisa fodida!

Quando uma palavra se organiza com uma outra palavra ou palavras num conceito aparentemente novo que alguém sinaliza como seu, por norma cumpre-se um atentado à liberdade de expressão que numa língua não tem lugar; ela é e será sempre suja, sempre com conceitos manuseados, pegados, cuspidos, maquialevados, sem dono e não um conceito domesticado, meu seu ou de quem o registar. O respeito é que é importante e o respeito é saudar e não esse menio que recita a lição sem erro de fonética seu menino de cartilha bonita. Que as aspas sirvam de homenagem porreiro, mas que elas não sirvam de prisão, que fechem a frase a uma monoexpressão rígida e sem presente que não o seu passado recontextualizado. Não, as palavras devem ser escritas, reescritas, apagadas e inventadas mesmo na cópia impressa, livres de dizerem coisas outras, pois só assim dirão exactamente aquilo que pensam a cada momento.

 

Falsas águas

afinal ainda não foi.. Não percebo uma coisa: se todos os dias nasce gente e todos os dias as mulheres têm período porquê a relação entre as luas e as mulheres? Há maior tendência ou calha mais a umas do que a outras? Alguém que me explique que eu estes fenómenos paraplanetários muito me intrigam..

 

menino, chame-me sr. tio que eu gosto!

Inspira.. Respira.. Inspira.. Respira.. Tá quase. Hádevir ao mundo um novo ser. Afonso ao que consta. Neves Tavares de essência. Desejos? Que tenha a cara da mãe, a bondade da mãe, a suavidade da mãe, a inteligência da mãe e que tenha pila como o pai. Convenhamos dá jeito. Por agora: Inspira.. Respira.. Inspira.. Respira..

agosto 19, 2006

 

Beijos... e o Beijo!!

Os beijos de excitação fervem a frio. E os de amor? Posso recordá-lo? Preciso dos teus lábios..

 

Há pera ou chocolates..

É engraçado como o amor e o ódio por vezes se cruzam nos modos de melhor se expressarem. O entendimento de certas mensagens ou o entendimento de certas pessoas requer momentos requintados ou bofetadas bem recortadas ao perfil do destinário. Defendo acima de tudo a honesta sinceridade, mas às vezes há que silenciar e saber adiar algumas respostas para hora mais oportuna. A frio. Quero apenas com isto dizer que hei-de tratar a pinças o destino do meu amor tal como sirvo a gelo a razão do meu ódio. Mesmo que depois os queira elevar a temperaturas opostas..

agosto 18, 2006

 

Bom Dia!!

Bom, continuamos em maré de aniversário e hoje comemoraram-se os dos Joões. O da casa e o do pequeno migrante que até já me fala. Bom, a bem dezer até foram três, junta-se o filho do Tó, que não é todos os anos que se faz 11 dias. Bom, parabéns a todos e até para o ano para deixar de ser bom e passar a ser melhor!

agosto 17, 2006

 

Bué de Baldas

Ontem houve anos mas o aniversariante baldou-se. Como tal o blog baldou-se também!

 

Ópera do Homem Aranha

Hoje fui à Ópera e subi à teia do São Carlos!

 

um momento depuradamente decadente

Depois de despachar um Picapau au PiriPiri, KiKE, o cineasta dos sete orifícios selados questiona-se sobre o seu novo filme de axxxão culinária: piri-piri no pirilau... 'Nunca o cinema me saberia tão pouco a picante, que a salchicha corta-me o pimento e eu gosto de cinema à indiana! Pirilau Picapau Pipi... That's it!! Piri-Piri no Pipi!!!' Nada como um condimento chilly powder para aconchegar uma especialidade... nacional!

agosto 15, 2006

 

Hoje há fado e desguitarrada..

na feira da ladra (aka boutique FdL) a juntar ao fado de toda aquela gente houve improviso. Duas gargantas arranhando-se o possível, bem acompanhadas a guitarras desafinadas. Como fica bonita a minha cidade com a vida da sua gente.

 

Som Câmara Claquete Acção.. Aqui vou eu!

Hoje último dia antes de um futuro novo!

agosto 13, 2006

 

9 Belas? Artes!

Arquitectura
Pintura
Escultura
Música
Dança
Teatro
Cinema
Fotografia
BD
Literatura

serão estas? será esta a ordem?

agosto 11, 2006

 

7 pecados sociais, 7 causas de exclusão

na ausência de: inteligência, beleza, riqueza, saúde, norma/educação, felicidade, futilidade.. meio caminho está traçado

 

Fasciadas

fachadas são muros
têm portas sem fechaduras
são almas mortas
com armaduras,
corações duros
e óculos escuros.

 

Ideias, as ideias..

Platão deixou de pensar e morreu.

 

E disto anda o mundo cheio..

sedentos se matam eles frias se deitam elas e por um beijo loucos andam os dois.

 

É este o meu andar

Sou o 5.º
tou feito num 8
tive 7
hoje nem 4
ao 8 junta-se o 1
e à senhora a Glória.

 

livro branco

abri livros, virei páginas
em busca de algo
para te dizer.
livro errado, visão branca...
paro.
começo querendo
acabo crendo
ter algo para te dizer
livro fechado, folha branca...
avanço!
Viro livros,
estendo filhas, abro páginas
avanço!
vou-te escrever.

 

Segundos passando

Na tensão
de um segundo
se movem mundos
se mudam povos
o tempo que aqui
eu perco à espera
à espera a vida passa
assim ela se esvai
à espera...
Quando
na expressão
de um segundo
se mudam povos
se animam mundos
fazem-se pontes,
morrem infantes
e nascem amantes.

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