HáDevir

There's a Light that never Goes out'

dezembro 17, 2006

 

gene da espera

Não era seu desejo
mas negaram-se ao calor
e negaram-se ao ensejo
de algo maior.
Ele por penitência
contrariou o rebanho do senhor
seguiu caminho agreste
pelo meio apanhou uma bela e doce peste
que lhe roubou a inocência
mas ganhou experiência
para ser algo melhor.
Ela por impotência
de contrariar tamanho dissabor
partiu a todo o vapor rumo a outro calor.
rumou ao seu interior
mas encontrou o equilíbrio numa vida de exílio
fugindo das fantasias desse homem errante
e descobriu um caminho inteiro por trilhar
um mundo inteiro por viajar.
Ele encontrou na sua fantasia distante
uma mulher que carecia do seu amor e auxílio
e que é terra de ninguém
a causa de um espírito
que vagueia entre uma fantasia de heresia
e a fonte inesgotável do amor.
E voltou ao momento inicial
o instante em que o distante
era tão longíquo como paixão e o amor.
Hoje não tem dúvidas de nada
apenas o que esperar de si
porque sabe que nada deve aguardar.
Mas poder viver o amor
não é mais um desejo que queira guardar:
sabe que quando os seus olhos a espreitam
é simples o sentimento
mas complexo o discurso
que se enuncia
como um sinal da neve que aterra na terra em greve.
É que assim nem ela deve saber o que ache para si!
Calculo que seja já nada
porque é em estradas assim
que se perde o caminho de volta.
Resta-me e ao pobre homem
sinalizar o caminho de volta
apontar o sentido ao sentido do amor
trazê-la de volta ou perceber que não há volta a dar.
Porque há gente à espera, gente que desespera
e amor para dar..

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