HáDevir

There's a Light that never Goes out'

outubro 18, 2006

 

O Paciente Português

Nunca tive ilusões quanto ao filme de Anthony Minghella com 9 Oscares, menos ainda menos me restaram depois de vê-lo. Possivelmente por estar de cama com sintomas gripais e com um leitor de dvd engasgado, guardo uma opinião de filme dispensável. O final é sentimentalmente interessante como convém a este tipo de filmes, mas tanto a história da enfermeira como os próprios segredos que ensombram a cabeceira desse sobrevivente Lazslo não ajudam nem ao suspiro.

O que para mim falhou? Não percebi a personagem ambulante do Willem Dafoe menos ainda aderi à bengala demasiado delicodoce da Binoche. Também a construção totalmente em flashback interno, não me fez aderir àquele Ralph Fiennes que ora contorna ora se afunda nas dunas femininas. Se a pressão exterior do presente fosse mais em crescendo e houvesse menos sentido e mais rasgo na forma como as personagens surgem, talvez se sentisse realmente uma intimidadade que nos identifique àquele agonizante o que só acontece perto do fim.

Quase três horas de paciência que apenas me fizeram ter saudades do Casablanca, esse sim um meritório resistente das histórias de espionagem em plena segunda guerra, com um Lazslo e uma história de amor que realmente sobrevivem ao tempo. Nunca fui nem me espero tornar um nostálgico do cinema clássico, mas dou outro exemplo como o Lawrence da Arábia que vai continuar a cativar gerações de apaixonados pelo deserto, que este Paciente Inglês nunca chegará a consolar. Dou-lhe duas assoadelas, empurradas pela alergia.

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