HáDevir

There's a Light that never Goes out'

agosto 11, 2006

 

e o rio de lisboa continua a correr

Vesti-me saudosa
para vender peixe
que meio mundo quer encomendar.
Montei uma banca vistosa
mas o sorriso não me sorria
sem a alegria de ter algo certo...
Pus flor na lapela
e o tempo passou
joguei sem cautela
e o tempo passou
e aí apregoei bem alto
o peixe cheira a mar
e o mar a maresia
ele há-de voltar para me amar
E aí terei alegria.
Sem que o desejasse
Sem que o esperasse
uma lágrima soltou um feixe
através do mar alto
E do outro lado do lado de além
ele ouviu
e a voz fez mais que vaivém
e a verdade é que o mundo parou
É verdade eu vi que não mais girou
e ele levantou-se e animou-se
e aí não houve ninguém
que se atrevesse a o tentar parar.
com perfume e cabelo a enxaguar
vestiu-se charmoso
no pouco que gostoso
tem. Tem
pouco dinheiro
e partiu o mealheiro
para comprar o seu lugar
e partiu
pronto a viajar
que ele sabe bem o que é amar.

(Do lado de lá ela diz que pouco espera que mais há em que acreditar e ela bem sabe que isso não é difícil de acreditar)
(Ele na mesma hádevir a viajar que a vida é uma viagem em que insistimos em embarcar, mesmo que haja quem muito insista em querer o nosso lugar)

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Archives