Escrevo a 23 mas começou a 22, o que há muito se ansiava: a afirmação dos alunos agitando esse submarino amarelo atolado ao cimo da Amadora. Estou afastado das acções desse movimento, mas subscrevo-o inteiramente: acrescento o meu nome à lista, ajudo a levantar a bandeira, talvez venha a acrescentar outra visão ao manifesto. E mesmo que nada acrescente à causa vou-me acrescentar à luta, porque a mudança tem que se dar. Porque a qualidade trará sempre o benefício a todos.
Não procuro futuro como funcionário artístico, e mesmo que a cultura me venha a dar alimento nunca o hei-de assumir por garantido. Porque a única certeza que a arte propõe é que o eterno é questionável, ainda mais se indesejado. Contra o stablished status, pela afirmação de uma nova dinâmica de qualidade no ensino artístico. Nem todos demos a voz, mas o interesse é de todos. Porque é de melhores critérios e de outras pessoas que é tempo. Não de novas propinas. Ou mais do mesmo. Greve? Chamem-lhe limpeza de bestiário!!